FORTES CHUVAS

Porto Alegre se prepara para transbordamento do Guaíba e cheia recorde

Comportas do cais Mauá no centro da capital gaúcha foram fechadas na espera da cheia dos afluentes do Guaíba. Oito mil pessoas da região das ilhas estão sendo realocadas

Publicado em: 02/05/2024 15:34


Ao todo, 114 municípios foram atingidos, afetando mais de 19 mil gaúchos, dos quais 3.416 ficaram desalojados e outros 1.072 estão em abrigos (foto: Lauro Alves/ Secom/RS)
Ao todo, 114 municípios foram atingidos, afetando mais de 19 mil gaúchos, dos quais 3.416 ficaram desalojados e outros 1.072 estão em abrigos (foto: Lauro Alves/ Secom/RS)

A prefeitura de Porto Alegre se prepara para o que pode ser uma das maiores enchentes enfrentadas pela cidade. Com a previsão da chegada das águas dos afluentes das regiões mais castigadas pelas chuvas, a capital gaúcha fechou o sistema de comportas que isola a região central da cidade do lago Guaíba.

 

Depois do nível do Guaíba ter ultrapassado a cota de alerta, de 2,5 metros, na manhã desta quinta-feira (02), com a medição superando 2,6 metros, o executivo municipal se prepara para atingir o nível de inundação, quando as águas passam dos três metros.

 

A determinação do prefeito Sebastião Melo (MDB) para o fechamento das comportas foi feita ainda na noite de quarta (01) depois da recomendação do Centro Integrado de Coordenação de Serviços da administração municipal.

 

Além da cidade ter sofrido com mais 230 mm de chuvas nos últimos três dias, regiões distantes até 300 km da capital, que receberam até 500 mm nos últimos dois dias, devem desaguar no Guaíba e forçar a subida do nível das águas nas próximas horas.

 

A cidade, que deve decretar emergência nas próximas horas, agora busca acomodar uma população de mais de oito mil pessoas que moram nos bairros da Região das Ilhas, um arquipélago lacustre no Guaíba, que deve ser a região mais atingida da cidade, já que registra inundações depois da marca de dois metros de cheia.

 

 

 

 

Lula em Santa Maria

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou com atraso em função do mau tempo na manhã desta quinta-feira (02) em Santa Maria, na Região Central do estado gaúcho. Na cidade, Lula e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), estão em reunião para definir medidas emergenciais de resgate às populações atingidas pelas águas.

 

O governo do estado do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública na edição extraordinária do Diário Oficial ainda na noite desta quarta-feira (01). O executivo local espera com o instrumento colocar toda a máquina estadual a serviço do resgate das populações afetadas.

 

Para Leite, diferente da tragédia com as chuvas de setembro, quando o estado registrou 75 mortes, desta vez a precipitação não tem parado, impossibilitando assim o resgate das populações afetadas em áreas em que só é possível se chegar por via aérea.

 

Além do presidente Lula e da primeira-dama, Janja da Silva, na comitiva presidencial de cerca de 15 pessoas, desembarcou no estado gaúcho seis ministros de estado; o comandante do Exército, além de representantes das outras forças e de diversos órgãos do governo federal.

 

 

         Comitiva de Lula no RS:

 

 

  • Rui Costa, Ministro-Chefe da Casa Civil
  • Renan Filho, Ministro dos Transportes
  • Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima
  • Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional
  • Jader Filho, Ministro das Cidades
  • Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secom
  • Gen. Tomás, Comandante do Exército
  • Maj Brig do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, chefe do Gabaer
  • Wolnei Wolff Barreiros, Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil
  • Carlos Antônio Rocha de Barros, Diretor Executivo do DNIT
  • Edegar Pretto, Presidente da CONAB

 

 

 

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