JOGOS OLÍMPICOS

Macron revela planos alternativos para Olimpíadas se houver ameaça terrorista

Embora o presidente francês já tenha assegurado dispor de opções para a cerimônia de inauguração, esta é a primeira vez que fala de cenários alternativos

Publicado em: 15/04/2024 14:12 | Atualizado em: 15/04/2024 15:10

Emmanuel Macon, presidente da França (Foto: Michel Euler / POOL / AFP)
Emmanuel Macon, presidente da França (Foto: Michel Euler / POOL / AFP)
O presidente francês, Emmanuel Macon, revelou, nesta segunda-feira, ter planos alternativos para a cerimônia de inauguração dos Jogos Olímpicos, em Paris, caso haja ameaças terroristas. "A cerimônia que planejamos é uma estréia mundial. Temos de realizá-la e vamos realizá-la. Mas temos um plano B e C e a preparamos em paralelo. Vamos continuar a viver e mostrar que somos capazes de organizar os grandes eventos”,  disse.

Embora Macron já tenha antes assegurado dispor de várias opções para a cerimônia de inauguração, esta é a primeira vez que se refere à cenários alternativos. O líder francês apresentou duas hipóteses: realizar a cerimônia nos jardins do Trocadero, tendo a Torre Eiffel de um lado e a Escola Militar do outro, que no plano inicial seria o ponto final do desfile das delegações pelo rio Sena, ou então fazer no Estádio de França, no norte de Paris, que acolherá as provas de atletismo.
 
As medidas anunciadas pelo presidente francês surgem devido à insistência dos organizadores dos Jogos Olímpicos que diziam não haver planos alternativos. A França tem estado em alerta máximo de segurança devido o conflito em Gaza, aos ataques ao Crocus City Hall, em Moscou, e agora mais ainda após o ataque do Irã a Israel, na qual as forças francesas ajudaram abater os drones e mísseis.
 
O ministro do Interior de França, Gérald Darmanin, garantiu que não há indícios concretos de ameaça terrorista e que, por isso, não existe necessidade de questionar a organização da cerimônia de abertura. ”Caso essas ameaças sejam concretas a decisão de mudar de local a cerimônia de abertura vai caber ao presidente francês”, declarou.

Além disso, sobre a criação de zonas de segurança, Macron explicou que vão existir algumas áreas que estarão prontas até oito dias antes da competição. “Existem sempre riscos na vida, mas estamos usando todos os meios. Planejamos com antecedência e criamos um perímetro de segurança amplo e vamos revistar as pessoas e restringir o trânsito”, avançou.
 
A cerimônia de abertura, prevista para dia 26 de julho, será a primeira realizada fora de um estádio. Cerca de 10.500 atletas desfilarão pelo coração da capital francesa em barcos pelo rio Sena, ao longo de um percurso de seis quilômetros. Para limitar os riscos de segurança, Macron reconheceu que os organizadores decidiram encurtar o itinerário do desfile ou transferi-lo para o Estádio da França. 
 
A organização planejava originalmente uma grandiosa cerimônia de abertura para até 600 mil pessoas, que a maioria assistiria gratuitamente nas margens do Sena. Entretanto, as preocupações de segurança e logística levaram o governo francês a reduzir progressivamente as suas ambições. No início deste ano, o número total de expectadores foi reduzido para cerca de 300 mil. As autoridades francesas também decidiram que os turistas não terão mais acesso gratuito para assistir à cerimônia de abertura, por questões de segurança. O acesso será apenas para convidados. Para além do perímetro de segurança, serão 30 mil policiais destacados em Paris e mais 20 mil seguranças privados. Os soldados do exercito também vão ser mobilizados. 

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