Paul McCartney. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press. Jennifer Lopez. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A. Press. David Guetta. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Em abril de 2012, a única pergunta que importava, em bom pernambuquês, era: "tu vai pra Paul?". A expectativa em torno da vinda do eterno beatle ao Recife mobilizou milhares de fãs pelo Brasil, sobretudo, de outros estados do Nordeste. Na ocasião, o Pernambuco.com, inclusive, preparou um hotsite especial, com informações, vídeos e uma navegação em 360 graus pelo Estádio do Arruda, local do show. Foram 120 mil ingressos postos à venda, muito embora o segundo dia de espetáculo não tenha vendido o suficiente para lotar o estádio. No setlist, os grandes sucessos dos Beatles, como A day in the life, All my loving, All you need is love, Yesterday e Something.
Independente de suas qualidades musicais, Jennifer Lopez mostrou que é uma body artist de altíssimo nível e esbanjou espontaneidade no show que fez em Pernambuco. A cantora e atriz se apresentou debaixo de chuva no estacionamento de Centro de Convenções e não teve frescuras ou estrelismos. Ela entrou com tudo na água e e deixou todos os seus figurinos ensopados, para delírio do público. Apesar dos contratempos provocados pelos problemas de produção, que fizeram a plateia sofrer, a tempestade foi um diferencial do show em relação aos outros lugares por onde a diva passou, pois ampliou a cumplicidade com os fãs. Ivete Sangalo fez o show de abertura, mas não se molhou tanto. A cantora baiana, entretanto, tem uma banda mais vigorosa e parecia ter mais a mostrar musicalmente, sobretudo por causa da percussão. Ainda vale mencionar que o cantor Pitbull, parceiro de Jennifer, também fez um show no Recife em 2012, sem tanta repercussão, mas que merece respeito pelo sucesso internacional que ele representa (Michel Teló, inclusive, fez um dueto-surpresa com ele no palco).
Quem foi ao show de David Guetta entendeu por que o DJ francês é o artista mais famoso da música eletrônica mundial. Ao vivo, ele apela para os sucessos que o tornaram conhecido, mas a costura entre as músicas é tão interessante quanto os refrãos. Além disso, o visual do palco é um espetáculo à parte, com uma sofisticação de imagens e luzes que poucas vezes foi mostrada no Recife. Não à toa, o evento foi um sucesso de público e lotou a área externa do Centro de Convenções.
Roxette. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press. Evanescence. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press. Seal. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press. Alanis Morissette. Foto: Lucas Hallel/Divulgação
Roxette, Evanescence, Alanis Morissette e Seal já não são mais tão célebres quanto foram um dia, mas apostaram na saudade do público recifense. A banda sueca Roxette fez sucesso nos anos 1980, com os hits Listen to your heart, It must have been love e Spending my time. No Recife, rememorou os clássicos e ainda puxou um frevo para homenagear os fãs locais. Das quatro atrações, foi a que se saiu melhor, com bastante gente na plateia e uma vibração calorosa. Os norte-americanos da Evanescence ficaram famosos alguns anos mais tarde, têm menos hits que os colegas europeus, mas não fizeram feio no Recife. No vocal e no piano, Amy Lee liderou sua banda e cantou sucessos recentes, como The other side e Made of stone, e mais antigos, como Call me when you're sober e Bring me to life. A canadense Alanis Morissette teve dificuldade para encher o Chevrolet Hall de fãs (em parte, porque sua apresentação foi às 22h de uma quarta-feira). Além de cantar músicas de seu último álbum, Havoc and bright lights, animou a plateia com os hits de Jagged little pill, seu disco mais vendido. Coroou o show, levando a bandeira de Pernambuco ao palco. Depois de passar por cinco cidades brasileiras, foi a vez de o cantor inglês Seal passar pelo Recife com a turnê de seu último disco. Sua voz continua impecável, mas ele não está lá em um bom momento na vida e na carreira. Mesmo as canções românticas tendo sido inspiradas em seu casamento com a modelo alemã Heidi Klum, ela pediu o divórcio seis meses depois do show, que atraiu menos de três mil pessoas (em um espaço com capacidade para 18 mil).
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