PREFEITURA

Victor Marques: marca da gestão é ''não se conformar com problemas antigos e soluções fáceis''

Vice-prefeitura do Recife é o primeiro cargo político de Marques, que pode assumir o Executivo em 2026 caso João Campos decida disputar as eleições

Publicado em: 16/04/2025 19:00 | Atualizado em: 17/04/2025 10:50

 (Marina Torres/DP Foto)
Marina Torres/DP Foto
Exercendo seu primeiro cargo político em meio às especulações sobre o futuro da Prefeitura do Recife diante das eleições de 2026, o vice-prefeito Victor Marques (PCdoB) reforçou, em entrevista ao Diariocast com Rhaldney Santos, nesta quarta-feira (16), a primeira em estúdio após ele ser eleito, que seu foco é em fazer uma gestão marcada por “não se conformar com problemas antigos e soluções fáceis”.
 
Assista a entrevista na íntegra no canal do Youtube do Diario de Pernambuco: 
 
 

“O que quero deixar de marca, e tenho certeza que é o sonho de qualquer gestor, é ser alguém que trabalha muito, que não cansa, não para, não se conforma com problemas antigos e com soluções fáceis. Sempre trabalho muito para garantir que nossa marca seja trabalho, é isso o que as pessoas esperam”, afirmou.

Além de vice-prefeito, Marques também é secretário de Infraestrutura do Recife e já começa a ser reconhecido como o rosto à frente das obras. Estar nas ruas em contato com a população é uma diretiva do prefeito João Campos (PSB) a todos os secretários.

“Quem está na rua sabe exatamente o que precisa. O prefeito coloca todos os secretários para estar na rua porque quanto mais escutamos, mais acertamos” disse. É nas cobranças, segundo Marques, que a prefeitura entende os problemas que afetam diretamente o cotidiano do povo. E, muitas vezes, são questões facilmente abarcadas no orçamento de uma obra em andamento na comunidade.

“Em região de Morro, é natural que as pessoas esperem que a sua encosta, a acessibilidade, aquela escadaria que não chega na sua casa seja resolvida. Na área baixa da cidade, é natural que as pessoas tenham uma preocupação com a drenagem. É normal que sempre as pessoas digam que a rua ainda está alagando”, declarou.

“O mais importante de tudo é podermos ouvir, organizar essa demanda, ver se a prefeitura tem capacidade. Às vezes são pequenas iniciativas, mas que já gera uma melhoria direta para a vida daquelas pessoas”, complementou.

Preparo político

Caso João Campos decida deixar a Prefeitura do Recife para disputar o Governo do Estado, é Victor Marques quem assume a capital até 2028. Além de gestor, ele precisa ser político para preencher a liderança deixada pelo socialista e ter sustento para quando chegar a sua vez de encabeçar uma chapa.

Marques acredita que todas as iniciativas tomadas no seu cargo atual são políticas, e ele já vem de um histórico de cargos politizados.

“Eu costumo dizer que a política está 24 horas com a gente. Todas as nossas iniciativas são políticas. Nos últimos quatro anos, fui chefe de gabinete, que talvez seja uma das posições mais politizadas de uma gestão. O mais importante é equilibrar a nossa iniciativa, separando bem o que é política do que é processo eleitoral”, avaliou.

Além disso, Marques disse que tem recebido cotidianamente lideranças políticas e vereadores do Recife, no que considera um “exercício constante de recebimento da demanda política”.

Questionado sobre como avalia a atuação da bancada de oposição da Câmara do Recife, o vice-prefeito reforçou a relação republicana que a gestão possui com a Casa José Mariano, e afirmou que a Prefeitura está aberta a absorver demandas e cobranças.

“Uma das formas de entendermos os problemas da locais para além de toda a nossa escuta, da nossa rotina na cidade, é também ouvir as demandas dos vereadores, que normalmente são muito boas. É natural que a oposição use as ferramentas que tem para cobrar, trazendo demandas que também podem ser absorvidas pela gestão. O objetivo é melhorar e dar qualidade de vida para as pessoas”, afirmou.