ESTADOS UNIDOS
Tiroteio nos EUA: estudante usou lixeiras e madeira para fazer barricada
Sam Swartz contou ao Correio como buscou se proteger, enquanto atirador matava duas pessoas e feria cinco, no campus da Universidade Estadual da Flórida, em Tallahassee. Outra aluna ficou várias horas presa em um dos prédiosPublicado em: 17/04/2025 22:33
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Policiais isolam o local do tiroteio em massa, no campus da Universidade Estadual da Flórida, em Tallahassee (foto: Miguel J. Rodriguez Carrillo/Getty Images/AFP) |
Sam Swartz, 22 anos, estudante de sistemas de gerenciamento de informação na Universidade Estadual da Flórida (USF), na cidade de Tallahassee (sul dos Estados Unidos), trabalhava em um projeto da classe, no bloco da União Estudantil, "como qualquer quinta-feira normal". "Por volta das 11h50 (12h50 em Brasília) desta quinta-feira (17/4), as pessoas começaram a correr dentro do prédio e, pouco depois, escutei cerca de 10 tiros", contou ao Correio. "Eu e meus colegas corremos até um corredor da manutenção e descemos as escadas, próximas. Alguns estudantes saíram do prédio, mas nós nos escondemos em um canto. Usamos cestos de lixo e placas de compensado de madeira para fazer uma barricada", acrescentou. Depois de 10 a 15 minutos, os policiais chegaram para socorrer os estudantes. "Fiquei assustado e calmo, ao mesmo tempo. Na universidade, temos treinamento para situações desse tipo. Vi o atirador preso e imobilizado, no chão", disse Swartz. Ele e outros estudantes tiveram que abandonar o prédio com as mãos para cima. "Os policiais estavam firmes, porém, calmos. Fizeram um grande trabalho."
Madilyn Otero, 23 anos, estudante da Universidade Estadual da Flórida, estava na Faculdade de Direito, quando os alarmes começaram a soar. "Por meio do celular, recebi alertas sobre a presença de um atirador, e as portas do prédio foram automaticamente travadas. Fiquei por várias horas na faculdade, tentando obter informações", relatou ao Correio. A pouco menos de 2km dali e no mesmo prédio em que Wartz estudava, Phoenix Ilner, 20, filho de uma policial que trabalha há 18 anos no gabinete do xerife do condado de Leon (Flórida), abriu fogo contra colegas, matando duas pessoas e ferindo cinco, antes de ser baleado por agentes e hospitalizado. "O suposto agressor também era membro de longa data do departamento do condado de Leon, cidadão do Conselho Assessor da Juventude, e esteve envolvido em uma série de programas do gabinete do xerife", disse o xerife Walt McNeil.
McNeil disse que a mãe do atirador "presta um serviço extraordinário à comunidade". "Infelizmente, seu filho teve acesso a uma de suas armas, e foi uma dessas armas que encontramos na cena" do crime, acrescentou. Madilyn disse que os universitários não tiveram ideia clara do que estava ocorrendo. "Muita informação falsa foi divulgada", lamentou. Do outro lado da rua, ela viu um dos feridos sendo colocado em uma ambulância. "Nós começamos a entrar em contato com todos que conhecíamos e enviamos orações. Foi um evento trágico e devastador. Espero que haja uma solução para deter a violência", desabafou.
Confira as informações no Correio Braziliense.