Igreja Católica
Saiba quem são os cardeais cotados para suceder o papa Francisco
A Igreja Católica dará início aos preparativos do conclave, ritual para escolher o novo Sumo Pontífice
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 21/04/2025 12:06
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Papa Francisco em cerimônia com cardeais. (Foto: Claudio Peri/Pool/AFP) |
Após a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica dará início aos preparativos do conclave, ritual para escolher o novo Sumo Pontífice. Composto por cardeais de todo o mundo, o Colégio Cardinalício é responsável por eleger o sucessor ao papado.
Para auxiliar os membros do Colégio Cardinalício, o site especializado College of Cardinals Report, formado por jornalistas e pesquisadores católicos, mantém uma lista com os perfis de cardeais com direito a voto, que estão cotados para suceder Francisco. Nenhum brasileiro aparece entre os 12 favoritos.
Péter Erd%u0151 (Hungria)
Arcebispo de Esztergom-Budapest. Considerado uma das figuras mais influentes da Igreja Católica contemporânea. Com perfil conservador, já se declarou contrário a abençoar casais do mesmo sexo.
Matteo Maria (Itália)
Arcebispo de Bolonha e um dos principais representantes da ala progressista da Igreja. Conhecido como "padre da rua", prioriza a inclusão de marginalizados, como migrantes, pobres e pessoas LGBTQIAPN+. É visto como continuador do legado de Francisco.
Robert Sarah (Guiné)
Destaca-se como representante do catolicismo tradicional e ortodoxo. Tornou-se o mais jovem arcebispo do mundo, aos 34 anos. Nomeado cardeal por Bento XVI, é defensor da liturgia tradicional e da doutrina moral.
Luis Antônio Gokim Tagle (Filipinas)
Uma das figuras mais influentes da Igreja Católica na Ásia. Conhecido como "Francisco asiático", defende causas sociais, mas a visão progressista em temas morais já geraram críticas na Igreja.
Albert Malcolm Ranjith (Sri Lanka)
Considerado potencial papável por possuir experiência e perfil firme. Conhecido pelo conservadorismo litúrgico e doutrinal e forte defesa da vida. Combina tradição com ação pastoral.
Pietro Parolin (Itália)
Secretário de Estado do Vaticano e um dos diplomatas mais influentes da Igreja. Também é visto como um símbolo de continuidade do pontificado de Francisco. Enquanto críticos apontam sua falta de experiência pastoral e postura conciliadora com regimes autoritários, apoiadores o classificam como mediador habilidoso e promovedor da paz.
Pierbattista Pizzaballa (Itália)
Atual Patriarca Latino de Jerusalém e figura importante da Santa Fé no Oriente Médio. Referência no diálogo com outras religiões e defensor de uma igreja aberta ao diálogo. Chegou a declarar que estava pronto para se oferecer como refém em troca de crianças sequestradas no conflito entre Israel e Hamas.
Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)
Forte defensor da justiça social e já demonstrou ativismo político. Tem postura conservadora em questões morais, como o celibato sacerdotal e defesa da família, ao mesmo tempo que é mais flexível no tema da evangelização, tendo questionado a necessidade de conversão para ser salvo.
Willem Jacobus Eijk (Holanda)
Tem formação médica e defendeu a vacinação contra a Covid-19 como uma obrigação moral. Destacado pelo compromisso com a ortodoxia católica, defendendo o ensino da Igreja em questões como celibato sacerdotal, manutenção de casamentos e moralidade do uso de contraceptivos.
Anders Arborelius (Suíça)
Firme defensor da ortodoxia católica, como a defesa do celibato sacerdotal e a oposição à ordenação de mulheres. Tem se demonstrado preocupado com questões ambientais e concorda com o papa Francisco no tema da imigração.
Charles Maung Bo (Mianmar)
Tornou-se o primeiro cardeal de Mianmar em 2015. É conhecido pelo compromisso com a paz e a reconciliação, apoiando também questões como a proteção ambiental. Ortodoxo em questões de fé, dedica-se também a temas como o respeito aos direitos humanos em Mianmar.
Jean-Marc Noël Aveline (Argélia)
Arcebispo de Marselha, na França, de perfil carismático. Era considerado um dos favoritos do papa Francisco para sucedê-lo. Caracterizado pela postura liberal, moderada e que busca consenso em temas delicados à Igreja Católica.