PARÁ

PM investiga mensagens de policiais que comemoraram morte do papa Francisco

Mensagens teriam sido enviadas em um grupo de WhatsApp de policiais militares do Pará

Publicado em: 22/04/2025 22:09 | Atualizado em: 22/04/2025 22:23

A Corregedoria da Polícia Militar do Pará investiga o caso  (foto: Reprodução)
A Corregedoria da Polícia Militar do Pará investiga o caso (foto: Reprodução)

A Corregedoria da Polícia Militar do Pará investiga mensagens que debocham da morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21. Prints, que teriam sido tirados de um grupo de WhatsApp de policiais militares do Pará, mostram mensagens se referindo ao papa como "comunista" e comemorando "menos um comunista na Terra". Outra mensagem diz: "já vai tarde".

 

A PM afirma que irá apurar administrativamente para identificar o militar, autor das mensagens, e instaurar processo administrativo.

 

"A PM ressalta ainda que não compactua com desvios de conduta de agentes", diz o órgão.

 

A Arquidiocese de Belém, no Pará, informa que não tomou conhecimento prévio do conteúdo e "repudia veementemente qualquer manifestação que vá de encontro aos princípios cristãos especialmente aquelas que desrespeitam a dignidade da pessoa humana e a memória de líderes religiosos".

 

"Independentemente da autoria, todo e qualquer ato que incentive o desrespeito, a intolerância ou o ódio está em desacordo com os valores do Evangelho, que nos chama à paz, à caridade e ao respeito mútuo. Reafirmamos nosso compromisso com a promoção da fraternidade, do diálogo e da verdade, especialmente em tempos que exigem união e empatia", afirma a circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Pará.

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou, em coletiva de imprensa concedida após a morte de Francisco, que não enxerga as pautas do pontífice como progressistas, mas sim que elas refletem a "humanidade do Evangelho".

 

"Sua mensagem eu não diria que é de uma linha progressista, eu diria que sua mensagem é trazer a essência do Evangelho", afirmou o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers.


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