JUSTIÇA

Collor é 3º ex-presidente do Brasil a ser preso; entenda

Antes dele, também foram para a cadeia o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Michel Temer (PMDB)

Publicado em: 25/04/2025 12:14

 (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 74 anos, é  mais um na lista de mandatários e ex-comandantes da República do Brasil a ser preso. 
Desde a redemocratização, em 1985, Collor é o terceiro ex-comandante da nação a ser detido. 

Antes dele, também foram para a cadeia o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Michel Temer (PMDB).

Só  Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não foram alvos de inquéritos ou de denúncias.

Dilma Roussef (PT) foi alvo de impeachment, em 2016, e Jair Bolsonaro  (PL) é réu na Justiça e está inelegível. 

O ex-presidente José Sarney (PMDB) foi denunciado duas vezes pela Procuradoria Geral da República na Operação Lava Jato.

Entenda

Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta (25) em Maceió (AL), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitar seus recursos contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão na Lava Jato.

Michel Temer foi o segundo ex-presidente a ser levado para a cadeia. 
 
Nesse caso, houve uma investigação sobre as obras da usina nuclear de Angra 3. 
 
Lula da Silva foi preso em 7 de abril de 2018 por corrupção e lavagem de dinheiro.

Investigações

Collor também entra na lista de presidentes afastados por impeachment. 
 
O caso aconteceu em 1992, após uma investigação envolvendo corrupção, com envolvimento do ex-tesoureiro da campanha eleitoral dele, Paulo César Farias, o PC, que morreu em circunstâncias "obscuras", em 1996. 

Prisão de Collor

A prisão aconteceu no aeroporto de Maceió, em Alagoas.

Ele ia para Brasília "para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes", segundo a defesa. O ministro do STF havia determinado a prisão imediata de Collor e o início do cumprimento da pena.

Fernando Collor  foi condenado em 2023 por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber R$ 20 milhões em propinas por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014.

A propina seria para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.