Caso Ana Beatriz: Mãe da recém-nascida encontrada morta em Alagoas deve passar por audiência de custódia nesta quarta (16)

Eduarda Silva confessou que havia matado a filha asfixiada com um travesseiro

Publicado em: 16/04/2025 09:37 | Atualizado em: 16/04/2025 10:27

Eduarda Silva mãe da recém-nascida Ana Beatriz (Reprodução/Redes sociais)
Eduarda Silva mãe da recém-nascida Ana Beatriz (Reprodução/Redes sociais)
A mãe da recém-nascida Ana Beatriz, encontrada morta dentro de um pote com sabão em pó, na cidade de Novo Lino, no interior de Alagoas, deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (16). 

A mãe, identificada como Eduarda Silva de Oliveira, foi presa em flagrante nesta terça-feira (15), apenas por ocultação de cadáver, após confessar que havia matado a filha asfixiada com um travesseiro. Eduarda mudou o depoimento cinco vezes. A Polícia Civil de Alagoas informou que espera o resultado da necropsia para confirmar quais das versões são verdadeiras.

Em uma das versões, Eduarda afirmou à polícia que a filha teria sido um acidente, que a recém-nascida teria se engasgado enquanto era amamentada. Porém, após ser confrontada pela polícia, ela deu uma segunda versão, de que asfixiou a criança.

De acordo com o delegado Igor Diego, responsável pelo caso, a mãe estava muito abalada, o que pode ser um indício de que ela cometeu o crime, já que existe a possibilidade de que Eduarda esteja com depressão pós-parto.

Além disso, segundo o padrinho da bebê, Pedro Henrique, Eduarda teria tentado se matar com uma faca tipo peixeira, sendo impedida pelos compadres que agiram rapidamente. 

Eduarda contou à polícia que estava há duas noites sem dormir porque a bebê chorava muito e também por causa do barulho de som de um bar na frente da casa da família. Em depoimento, os vizinhos da mãe informaram que ouviram a bebê chorar pela última vez na última quinta-feira (10), um dia antes do relato do suposto sequestro, denunciado pela mãe na última sexta-feira (11).

A mãe havia relatado à Polícia Civil que esperava um ônibus no povoado Novo Eusébio, às margens da BR-101, quando teria sido abordada por quatro criminosos que tomaram a criança de seus braços. Em um dos desdobramentos do caso, um suspeito chegou a ser abordado em Pernambuco, mas foi liberado após comprovar sua inocência.

O pai da recém-nascida, que estava em São Paulo há cerca de um mês a trabalho, não chegou a conhecer a filha. Ele retornou a Alagoas após ser informado sobre o caso.