OFICINA
Abong promove oficina gratuita para ONGs LGBTQIA+ aprenderem a captar recursos
Ao todo, 50 vagas estão disponíveis, sendo metade reservada para organizações associadas à Abong. Também podem participar grupos liderados por mulheres, pessoas negras, periféricas e movimentos sociais
Por: Malu Mendes
Publicado em: 17/04/2025 10:09
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Foto: Reprodução/ Pixabay |
A Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) realiza na próxima quarta-feira (23) a oficina gratuita “Aprenda a captar aqué para sua ONG LGBTQIA+”, voltada a coletivos e organizações que atuam na defesa dos direitos da população LGBTQIAPN . A formação será presencial das 9h às 17h, no espaço Habitat, no bairro da Boa Vista, localizada no centro do Recife, com café da manhã (ajeum) e emissão de certificado.
A atividade integra o Projeto Pajubá, iniciativa da Abong em parceria com a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos), com apoio da Luminate. O objetivo é fortalecer organizações LGBTQIA em todo o país, oferecendo capacitação política, assessoria jurídica, apoio institucional e estratégias de captação de recursos.
Ao todo, 50 vagas estão disponíveis, sendo metade reservada para organizações associadas à Abong. Também podem participar grupos liderados por mulheres, pessoas negras, periféricas e movimentos sociais do campo e da cidade.
“O Projeto Pajubá nasce para fomentar as organizações LGBTQIA com ferramentas concretas de mobilização de recursos, ao mesmo tempo em que reconhece as especificidades, os saberes e as potências dessas lideranças. Essa formação em Recife é mais do que uma oficina: é um ato político de fortalecimento e reconhecimento do nosso movimento”, afirma Franklin Félix, gerente-executivo da Abong.
O nome do projeto faz referência ao Pajubá, dialeto historicamente utilizado por travestis como forma de comunicação segura e resistência, que mistura o português com línguas de matriz africana, especialmente do candomblé. Hoje, o Pajubá é reconhecido como uma linguagem política da comunidade LGBTQIA .
Durante a formação, serão apresentadas alternativas de financiamento, como emendas parlamentares, filantropia e cooperação internacional, com foco na sustentabilidade de coletivos e organizações sociais.