ESTADOS UNIDOS

Trump é novamente multado em julgamento

Multa é a segunda sanção aplicada a Trump por comentários inflamados sobre testemunhas desde o início do julgamento em abril

Publicado em: 06/05/2024 16:34

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Foto: SAUL LOEB / AFP)
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Foto: SAUL LOEB / AFP)
O juiz Juan Merchan, de um tribunal de Nova Iorque e que preside o julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobre o caso de pagamentos ilícitos a uma atriz pornô, multou mais uma vez o ex-presidente norte-americano em mil dólares por ter violado uma ordem de silêncio. Merchan já alertou severamente a Trump de que uma nova violação poderá resultar numa pena de prisão.
 
A multa é a segunda sanção aplicada a Trump por comentários inflamados sobre testemunhas desde o início do julgamento em abril. Na semana passada, o ex-líder norte-americano foi multado em 9 mil dólares.  
 
Enquanto isso,  os procuradores do caso também estão aprofundando a investigação em torno de Trump,  apos um relato sobre a reação do ex-presidente a uma gravação politicamente prejudicial que surgiu nas últimas semanas da campanha de 2016.
 
O primeiro julgamento contra um ex-presidente dos Estados Unidos entrou hoje na terceira semana de depoimentos, com os procuradores a se dirigirem para a sua testemunha principal, Michael Cohen, o antigo advogado de Trump.
 
Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registros comerciais relacionados com alegados pagamentos para dissimular histórias potencialmente embaraçosas. Os procuradores acusam a empresa de Trump, a Trump Organization, de reembolsar Cohen pelos pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels, dando ao advogado bônus e pagamentos extras. Os procuradores também alegam que essas transações foram falsamente notificadas nos registros da empresa como despesas legais.
 
Além disso, a ex-funcionária da Casa Branca, Hope Hicks, que durante anos ocupou um alto cargo de assessora presidencial e é a colaboradora mais próxima de Trump, foi uma das testemunhas no julgamento de Manhattan. Seu testemunho ofereceu uma visão privilegiada de um período caótico e crucial da campanha, quando foi tornada pública uma gravação de 2005 de Trump falando sobre agarrar mulheres sem autorização delas. “Eu tinha a sensação de que esta seria uma história enorme e que iria dominar o ciclo de notícias nos dias seguintes", relatou Hicks sobre a gravação revelada pela primeira vez numa reportagem do jornal The Washington Post, em outubro de 2016.
 
Na ocasião, Trump e os aliados procuraram impedir a divulgação de outras histórias potencialmente embaraçosas. De acordo com os procuradores, esse esforço incluiu o pagamento de dinheiro para calar a atriz pornô e uma modelo da revista Playboy que afirmaram ter tido encontros sexuais com Trump. 

Donald Trump se declara inocente e nega ter tido encontros sexuais com qualquer uma das mulheres, assim como ter praticado algum ato ilícito.
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