MANIFESTAÇÃO

Estudantes e professores fazem protesto contra precariedade em escolas estaduais

Ato aconteceu, nesta quarta (8), na frente da Escola Arthur Costa e Silva, na Mustardinha, na Zona Oeste do Recife

Publicado em: 08/05/2024 13:07 | Atualizado em: 08/05/2024 16:10

O ato foi convocado pelo Sintepe e aconteceu em frente a Escola Estadual Arthur da Costa e Silva, no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife.  (Foto: Marina Torres/DP )
O ato foi convocado pelo Sintepe e aconteceu em frente a Escola Estadual Arthur da Costa e Silva, no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife. (Foto: Marina Torres/DP )

Estudantes e professores da rede estadual de ensino realizaram, nesta quarta-feira (8), um protesto para reivindicar melhores condições de estrutura nas salas de aula.
 
O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) e aconteceu em frente a Escola Estadual Arthur da Costa e Silva, no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife. 
 
Eles também cobraram que os docentes aprovados em concurso e que estão no cadastro reserva sejam convocados para amenizar o déficit de profissionais que atuam no Estado. 
 
Os manifestantes denunciaram as condições estruturais da unidade, em que afirmam que cinco salas de aula estão desativadas no local, deixando de atender uma maior demanda de estudantes daquela região. 
 
Além disso, eles reclamaram de outros problemas: a falta de climatização nas salas de aula, a presença de infiltração e mofo, falta de abastecimento de água, lixo a céu aberto.
 
Alunos relatam que, recentemente, uma adolescente levou choque elétrico dentro de sala de aula e desmaiou na frente dos colegas. 
 
“Viemos para denunciar o descaso que acontece nas escolas da rede pública. Aqui na Escola Presidente Arthur da Costa e Silva, infelizmente, as condições são muito precárias. Aqui tem cinco salas de aula desativadas”, relatou Silvana Eleotério, uma das dirigentes do Sintepe. 
 
Durante o ato, o Sintepe apresentou vídeos em que flagra as condições precárias na unidade. 

As imagens mostram as salas de aulas desativadas e as que estão ativas.
 
É possível observar infiltrações e mofo nas paredes. 
 
Além disso, os vídeos registraram a degradação dos equipamentos no local e muito lixo a céu aberto no entorno da escola. 
Concurso
Vídeos gravados por alunos mostram a presença de infiltrações e mofo nas salas de aula  (Foto: Cortesia )
Vídeos gravados por alunos mostram a presença de infiltrações e mofo nas salas de aula (Foto: Cortesia )

Além de denunciar os problemas estruturais na Escola Estadual Presidente Arthur Costa e Silva, os dirigentes do Sintepe também cobraram a convocação de professores aprovados em último concurso e que estão no cadastro reserva para serem chamados pela Secretaria Estadual de Educação (SEE). 

Eles reclamam do alto número de contratos temporários, o que segundo a entidade sindical, não resolve o déficit de profissionais e precariza as condições de trabalho dos docentes. 

Atualmente, segundo a SEE, são 36.107 professores que atuam na rede estadual de ensino. 

Além disso, a entidade sindical pleiteou pautas como:  Por merenda de qualidade; por valorização profissional; convocação ampla dos/as concursados/as; por Piso e Carreira e pela reformulação do Plano de Cargos. 

“Se tem vaga, o Estado de Pernambuco deve convocar todos os aprovados e aprovadas do Concurso Público! O Sintepe luta por mais trabalhadores/as em educação efetivos/as na rede estadual de ensino!”, disse o sindicato por meio de uma nota divulgada nas redes sociais. 

O que diz o governo
 
Procurada pela reportagem do Diario de Pernambuco, a SEE se posicionou por meio de nota. 
 
Confira na íntegra o que disse a pasta:
 
"A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) afirma que tem mantido um canal de diálogo aberto com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe), através de reuniões periódicas de negociação e de monitoramento, para a melhoria e garantia, cada vez mais, dos direitos dos profissionais da Educação, das condições de trabalho, das salas de aulas e das refeições ofertadas nas 1.061 escolas que compõe a Rede.
Só este ano, mais de 4.430 profissionais, entre professores e analistas educacionais, foram convocados do último concurso. A SEE também tem setores específicos formados por engenheiros, que acompanham de perto as estruturas das unidades, e nutricionistas, que vistoriam a qualidade das refeições fornecidas pelas empresas contratadas e realizam formações sobre as boas práticas de armazenamento e o manuseio dos alimentos".