ESTADOS UNIDOS

Júri para o caso de Donald Trump está formado

Ex-presidente dos EUA é acusado de ocultar pagamentos no valor de US$ 130 mil feitos à uma ex-atriz pornô em troca de silêncio sobre um suposto affair

Publicado em: 19/04/2024 17:09

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Foto: Charly Triballeau/AFP)
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Foto: Charly Triballeau/AFP)
A escolha do júri para o julgamento histórico do ex-presidente dos Estados Unidos,  Donald Trump,de 77 anos, durou toda a semana. Mas, os últimos cinco jurados suplentes foram finalmente escolhidos hoje, completando a fase preliminar no Tribunal de Manhattan, em Nova Iorque. 
 
A apresentação da acusação deverá começar na segunda-feira e a previsão é de que até junho se deve saber o veredicto do caso. Trump pode ser condenado no máximo a quatro anos de prisão, no entanto também pode ser punido somente com uma multa.
 
"Temos agora um painel completo", anunciou o juiz Juan Merchan, que dirigiu as entrevistas tanto dos procuradores como da equipe de defesa de Trump e que teve a última palavra na seleção. O ex-presidente também assistiu a tudo, acompanhado do seu advogado, Todd Blanche. 
 
O júri principal é composto por sete homens e cinco mulheres, e incluem dois advogados, um professor, um gestor de saúde, um gestor de desenvolvimento de produtos, um engenheiro de sistemas de segurança, um engenheiro de software, um terapeuta e um fisioterapeuta. Os cinco jurados suplentes são uma mulher casada que gosta de arte, um profissional de áudio, um especialista em contratos, um executivo de uma empresa de vestuário e um gestor de projetos de construção. O sexto, escolhido na quinta-feira, é uma mulher gestora de ativos. 
 
Neste caso, Trump é acusado de ocultar os pagamentos no valor de 130 mil dólares feito pelo seu então advogado Michael Cohen à ex-atriz pornô Stormy Daniels, em troca do seu silêncio pelo suposto affair. O fato aconteceu em 2016, quando ele venceu as eleições presidenciais à Casa Branca. Os promotores dizem ter sido uma tentativa de “influenciar ilegalmente” as eleições e o Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan acusa Trump de ter cometido crime por registrar indevidamente o reembolso que fez a Cohen do dinheiro como uma despesa jurídica, uma falsificação de registros comerciais no uso de fundos de campanha.  
 
Esta é a primeira vez que um ex-presidente dos EUA se senta no banco dos réus acusado de conduta criminosa. O candidato as eleições presidenciais pelo Partido Republicano afirma ser inocente, diz que os encontros sexuais nunca ocorreram e argumenta que sofre perseguição política. Ele é acusado ao todo de 35 crimes.
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