GUERRA

Dez mil corpos sob escombros em Gaza elevam para mais de 44 mil o número de mortos

Defesa Civil da Faixa de Gaza explicou que, neste número, não estão incluídos nas estatísticas das vítimas divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza

Publicado em: 30/04/2024 16:56

Homem palestino passa pelos escombros de edifícios destruídos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Foto: AFP)
Homem palestino passa pelos escombros de edifícios destruídos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Foto: AFP)
As equipes da Defesa Civil da Faixa de Gaza avaliam que há mais de dez mil corpos de palestinos estão sob os destroços dos prédios destruídos desde o inicio do conflito. 

"Estimamos em mais de dez mil o número de desaparecidos que ainda se encontram sob os escombros de centenas de edifícios destruídos desde o início da guerra", declarou a Defesa Civil, acrescentando que as equipes especializadas não conseguiram recuperá-los.
 
O órgão palestino explicou que neste número não estão incluídos nas estatísticas das vítimas divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza. "Assim, o número de mortos ultrapassa os 44 mil", apontou a instituição.
 
"Continuamos a cumprir o nosso dever humanitário diante da agressão contínua e às graves carências, especialmente em termos de equipamento, veículos e maquinaria necessários para procurar os desaparecidos sob os escombros de casas e edifícios", comunicou a Defesa Civil. 
 
As autoridades da instituição também disseram que as equipes estão em busca de pessoas desaparecidas no norte de Gaza com a ajuda de cidadãos da região e de voluntários, que usam as próprias mãos. "Foi possível recuperar alguns corpos de vítimas que estavam completamente decompostos. Mas, na ausência de maquinaria pesada, os esforços são insuficientes e não satisfazem as necessidades mínimas para recuperar os cadáveres e é uma missão que pode se prolongar durante dois ou três anos", disseram.
 
A Defesa Civil ainda destacou que o acumulo de milhares de corpos debaixo dos prédios começou a provocar a propagação de doenças e epidemias, sobretudo com a proximidade do verão e do aumento das temperaturas, que acelera o processo de decomposição dos cadáveres. "Renovamos o apelo a todas as partes de autorizar a entrada do equipamento pesado necessário às nossas equipes para salvar as vidas dos feridos dos bombardeios e recuperar os corpos dos 'mártires'", reiterou.
 
Já no último balanço do Ministério da Saúde o número de mortos é estimado em mais de 34.500 além de aproximadamente 77. 770 feridos.
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