GUERRA EM GAZA

Brasil assina declaração conjunta pela liberação de reféns em Gaza

Segundo governo federal, documento foi assinado por 17 países

Publicado em: 23/04/2024 15:39

Além do Brasil, a declaração foi assinada por outros 16 países (foto: Ricardo Stuckert / PR)
Além do Brasil, a declaração foi assinada por outros 16 países (foto: Ricardo Stuckert / PR)

O governo brasileiro assinou uma declaração conjunta pela libertação dos reféns detidos em Gaza. O documento foi apresentado pelo ministro chefe da Secretaria de Comunicação Paulo Pimenta a um pequeno grupo de jornalistas após o café da manhã do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com profissionais da imprensa realizado na manhã desta terça-feira (23) 

 

Além do Brasil, a declaração foi assinada por 16 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia. Na carta, os países apelam pela libertação imediata de todos os reféns do Hamas, que se encontram detidos em Gaza há mais de 200 dias.

 

"O destino dos reféns e da população em Gaza, que estão protegidos pelo direito internacional, é motivo de preocupação internacional. Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades. Os habitantes de Gaza poderiam regressar a suas casas e a suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias", diz a declaração 

 

Os países afirmam ainda que apoiam os esforços de mediação para que os nacionais possam voltar para casa. "Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise, para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região."

 

 

Sequestro 

 

No dia 7 de outubro de 2023 o grupo extremista Hamas atacou Israel com foguetes e invadiu o território furando o bloqueio ao sul do país. Centenas de pessoas foram assassinadas em comunidades localizadas perto da Faixa de Gaza. O Hamas também atacou uma festa de música eletrônica, realizada a cerca de 20km da fronteira e deixou 260 mortos. Segundo o governo israelense mais de 400 pessoas foram assassinadas no ataque do Hamas e centenas de pessoas foram sequestradas. 

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, declarou guerra contra os fundamentalistas islâmicos do Hamas e disse que o Hamas "pagará um preço sem precedentes". 

 

A guerra provocou uma crise humanitária na Faixa de Gaza, onde os palestinos enfrentam escassez de alimentos e água, além de problemas com abastecimento de energia e combustível. Recentemente, o Hamas informou que localizou 200 corpos em uma vala comum no hospital Al-Shifa. A ONU pediu investigação.

 

 

Leia carta na íntegra

 

"Declaração conjunta de Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia pela libertação dos reféns detidos em Gaza

 

Apelamos pela libertação imediata de todos os reféns do Hamas, que se encontram detidos em Gaza há mais de 200 dias. Entre eles estão os nossos próprios cidadãos. O destino dos reféns e da população em Gaza, que estão protegidos pelo direito internacional, é motivo de preocupação internacional.

 

Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades. Os habitantes de Gaza poderiam regressar a suas casas e a suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias. 

 

Apoiamos firmemente os esforços de mediação em curso para que nossos nacionais possam voltar para casa. Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise, para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região."

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense