Despedida

Família e amigos se despedem do jornalista Gladstone Vieira Belo

O jornalista foi velado e sepultado na tarde desta quinta-feira no cemitério Morada da Paz

Publicado em: 28/03/2024 19:58 | Atualizado em: 28/03/2024 19:56

Velório e sepultamento foram realizados no cemitério Morada da Paz, em Paulista (Foto: Priscilla Melo/DP Foto)
Velório e sepultamento foram realizados no cemitério Morada da Paz, em Paulista (Foto: Priscilla Melo/DP Foto)
Familiares e amigos de Gladstone Vieira Belo, condômino dos Diários Associados e ex-vice-presidente do Diario de Pernambuco, reuniram-se na tarde desta quinta-feira (28) no cemitério Morada da Paz, em Paulista, para se despedir do jornalista. Gladstone  morreu na noite da quarta-feira (27) após passar 12 dias internado no Real Hospital Português, no Recife, em decorrência de uma queda.

Na despedida, havia muitas coroas de flores, entre as quais as da diretoria do Diario de Pernambuco, do presidente do Diários Associados, Josemar Gimenez, e da TV Guararapes.

Gladstone era natural de Garanhuns, no Agreste. Ingressou no Diario de Pernambuco na década de 1960 e chegou a ser vice-presidente do jornal, onde atuou até o ano de 2014. 

“Gladstone era muito tranquilo, muito apegado ao jornal  e muito metódico. Mas conquistava pela maneira meiga de ser. Todos os colegas, toda a minha família, falam isso. E vai deixar muita saudade. Ele era uma pessoa de conciliação e nunca de agredir. Sempre conciliador e diplomata. E a homenagem que o Diario de Pernambuco fez foi muito bonita”, lembrou a esposa do jornalista, Ana Lúcia Tavares Vieira Belo.

“Gladstone foi uma das melhores pessoas que eu encontrei na minha vida, de modo geral, e como colega. A nossa convivência foi maravilhosa. Ele foi repórter do Diario de Pernambuco comigo e cobria o setor cultural.  Depois ele foi crescendo pela competência dele, foi editor-geral, foi superintendente, vice-presidente e continuou a mesma pessoa comigo”, relatou emocionado o jornalista Sanelvo Cabral, que atuou por 42 anos no Diario de Pernambuco.

“Gladstone era uma das pessoas mais inteligentes que eu conheci. Era extremamente culto, extremamente calmo, extremamente elegante e agradável de conversar. Ele era bastante reservado, mas contribuiu muito na época para o grupo. A colaboração dele era muito efetiva nessa área intelectual. Ele tinha um intelecto muito elevado, participava bastante dessa questão de definição estratégica. Era muito interessante trabalhar com Gladstone. É uma grande perda porque ele faz parte da geração raiz do jornalismo, daquela geração vibradora, daquela geração onde o jornalismo era muito presente, muito mais efetivo e muito mais concentrado em veículos e o impresso tinha uma relevância muito maior, muito grande”, registrou o diretor administrativa financeiro da TV Guararapes, Alex Martins.

Gladstone foi integrante da “Geração 65”, um dos mais importantes movimentos literários do país. A “Geração 65” recebeu este nome porque começou a ser formada por jovens poetas que naquele  ano (1965) publicaram no DP os seus primeiros poemas.

“Gladstone foi uma pessoa que eu conheci em Garanhuns. Estudamos no mesmo colégio e a gente convivia muito, escrevíamos no jornal O Monitor. Depois do Golpe de 64, a gente foi se espalhando. Gladstone foi a primeira pessoa, inclusive, que me levou para casa de Gilberto Freyre. Depois que ele deu uma pausa na poesia, se dedicou totalmente ao Diario de Pernambuco, então é uma grande perda porque ele foi uma pessoa realmente dedicada, inteligente, e tinha visão das coisas. Para assumir um jornal, tem que ter muita visão do mundo que você está vivendo”, disse o escritor José Mário Rodrigues.

“Eu conheci Gladstone quando ele foi foca do Diario de Pernambuco e convivi com ele desde que inaugurou o setor de Justiça Federal. Convivi com ele esses anos todos almoçando quase toda semana. A amizade com ele era meio intelectual  porque ele tinha boa cultura. Fizemos algumas viagens no interior do estado e também para algumas praias. Foi essa a nossa amizade”, relembrou o amigo de Gladstone, Carlos Antônio Baptista Domingues da Silva.

“Gladstone foi um amigo referência. Não consigo lembrar do Diario de Pernambuco sem lembrar de Gladstone, que foi uma pessoa de voz mansa e de muito carinho com as pessoas. Para mim, foi uma referência no jornalismo e na cultura pernambucana”, afirmou o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Mauro Alencar.

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