SAÚDE

Hanseníase persiste como motivo de alerta geral

Publicado em: 06/02/2023 16:47 | Atualizado em: 06/02/2023 17:05

Descoberta de casos garante tratamento que acaba com transmissão e evita graves sequelas como a necessidade de amputação de membros (Tomaz Silva - Agência Brasil)
Descoberta de casos garante tratamento que acaba com transmissão e evita graves sequelas como a necessidade de amputação de membros (Tomaz Silva - Agência Brasil)
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que a hanseníase deve permanecer como motivo de alerta geral em Pernambuco e no Nordeste, pois a região lidera o "Mapa de Casos de Hanseníase no Brasil", com 43% de todos os casos registrados. Doença infectocontagiosa que afeta principalmente a pele e os nervos, a doença pode ser denunciada pela percepção de manchas esbranquiçadas, caroços avermelhados ou acastanhados, formigamento, câimbras e dor nos nervos, que devem motivar imediato comparecimento em postos de saúde.

Em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria de Saúde informa que aproveitou a campanha nacional do “Janeiro Roxo” para reforçar o alerta de que as pessoas devem ficar alertas aos possíveis sintomas. Quem identificar algum dos sintomas precisa procurar uma unidade de saúde para ter um diagnóstico, e, sendo o caso, iniciar o tratamento da doença, para também não se tornar mais um transmissor da doença. Qualquer unidade de saúde do município está apta para receber o paciente, onde será realizado o diagnóstico e tratamento, salienta informe da Prefeitura de Paulista.

Casos identificados
Ainda segundo a Secretaria de Saúde de Paulista, a hanseníase é transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que estão em fases adiantadas da doença e não iniciaram tratamento. Ao concluir a campanha de prevenção “Janeiro Roxo”, foram contabilizados 19 atendimentos e dois casos diagnosticados. A descoberta de casos é importante porque podem levar à  identificação de outros casos, além de garantir o tratamento que acaba com a transmissão e evitar graves sequelas, que incluem a necessidade de amputação de membros em estágios avançados da doença. 

Para isso, durante o mês de janeiro, 104 profissionais de nível superior e 80 de nível médio participaram de treinamento para atender a população, além de realizadas cinco ações de  educação em saúde e entregues 38 conjuntos de diagnóstico e acompanhamento de casos. Para intensificar os atendimentos, um mutirão foi realizado na Unidade de Saúde da Família (USF) Paratibe II, em parceria com o NHR Brasil, o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Cuidado, Práticas Sociais e Direito à Saúde das Populações Vulneráveis da Universidade de Pernambuco (Grupev - UPE), o Centro Social da Mirueira e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) Recife.

*Com informações da Assessoria de Imprensa de Paulista.

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