Em discurso, Pacheco cita defesa da democracia como pilar de sua gestão

Candidato à recondução ao Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) discursou na tribuna antes da abertura da votação dos senadores para a escolha do presidente da Casa. O parlamentar afirmou que sua gestão foi regida pela defesa da democracia e do Estado Democrático e que dialogou com os diferentes espectros políticos da Casa.

“Cada dia dos dois últimos anos, cumpri os compromissos que fiz aqui nesta tribuna: defender a República brasileira e seus juramentos, defender o Estado de Direito, defender a democracia, defender a federação, que é o papel desta casa, defender o povo brasileiro. Sem esquecer jamais da obrigação que tive. E invoco os testemunhos dos senhores e das senhoras em ter a imensa preocupação de dar atenção a todos que estão exercendo seus mandatos”, disse.

Pacheco disputou a eleição ao Senado em 2020 contra a então senadora Simone Tebet (MDB-MS), hoje ministra do Planejamento. Ele citou o embate com a emedebista e frisou que se sentiu na obrigação de fortalecer senadoras mulheres, e que, por isso, criou a função de líder da bancada feminina.

“Por ter disputado com uma senadora da República, Simone Tebet, me senti na obrigação de fortalecer a bancada feminina e criamos a liderança da bancada feminina no Senado Federal, que fez um extraordinário movimento de defesa dos direitos da mulheres, contra violência política institucional, doméstica, violência de todo gênero através dessa bancada feminina.”

A eleição ao Senado manteve o cenário de polarização visto nas eleições de 2022. Candidato de Lula, o pessedista tem como principal adversário o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O candidato à reeleição também citou combate à desinformação, além de outro casos como defesa da vacina.

“Temos responsabilidade em relação às informações. O projeto que disciplina um marco legal das plataformas digitais já aprovado nesta casa, é preciso que haja aprovação definitiva. É inconcebível que a gente viva hoje no palco da desinformação, a desinformação manipulada. As famílias brasileiras estão divididas em torno de vacina, se deve vacinar ou não. isso nunca existiu no Brasil. Estão divididas em relação a urna eletrônica, o que também não era alvo questionamento até pouco tempo. Precisamos ter informações exatas, trabalhar nossas divergências e trabalhar premissas exatas de todas as informações que é nossa responsabilidade”, frisou.

O senador ainda citou pautas como a reforma tributária e a criação de um novo arcabouço fiscal no próximo biênio como pautas importantes a serem apreciadas. Rodrigo Pacheco também abordou questões relativas ao STF.

“Muitos são os motivos de reclamação na relação com o poder Judiciário e ao STF. Afirmo e devo dizer que, diferentemente do que sustentam de revanchismos, de retaliação de possível enquadramento ao poder Judiciário, que dá a palavra final aos conflitos sociais e jurídicos, nós devemos cumprir nosso papel verdadeiro, de solucionar o problema através da nossa capacidade, do nosso dever de legislar. Se há problemas em relação às decisões monocráticas do STF, legislemos quanto a isso. Se há um problema nos pedidos de vista ao STF e tribunais superiores, legislemos quanto a isso, se há problemas de competência do STF, legislemos quanto a isso”, afirmou o senador, que afirmou ser autor de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que retira a competência em matéria penal do STF, que exclui recurso extraordinário em matérias no âmbito do Supremo.