GRUPO AUTOMOTIVO

Stellantis mantém liderança no mercado brasileiro e estima 43 lançamentos na América do Sul até 2025

Publicado em: 31/01/2023 12:13

No Brasil, o market share variou de 32% em 2021 para quase 33% no ano passado  (Foto: Stellantis / Divulgação)
No Brasil, o market share variou de 32% em 2021 para quase 33% no ano passado (Foto: Stellantis / Divulgação)
O presidente da Stellantis para a América do Sul, Antonio Filosa, divulgou um blanço, nesta terça-feira (31), sobre os dois anos do grupo automotivo com polo em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Segundo as informações concedidas, a Stellantis manteve a liderança no mercado sul-americano, brasileiro e argentino nos últimos dois anos. No Brasil, o market share variou de 32% em 2021 para 32,9% em 2022. Filosa ainda debateu um pouco sobre o mercado no Brasil e a expectativa com o novo governo Lula. 

Nos últimos dois anos foram 24 lançamentos, sendo a Fiat a marca mais vendida no Brasil, com o modelo Fiat Strada no topo das vendas. Ainda segundo o balanço divulgado, em 2022, no território brasileiro, a Peugeot cresceu 50,7%. Já a Citroen cresceu 37,8%. No segmento de SUVs, a marca Jeep lidera pelo 7º ano no país. Até 2025, o grupo pretende ter realizado 43 lançamentos na América do Sul, entre 17 SUVs, 9 passenger cars, 9 vans e 8 pickups, nas marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroen, Ram, Abarth, Opel e DS. 

PROJETO BIO ELECTRO 
A Stellantis conta com um novo projeto, em fase de desenvolvimento desde o ano passado, intitulado Bio Electro. A proposta consiste em utilizar uma tecnologia que associe a eletrificação ao etanol, para a produção de carros híbridos, e conta com o trabalho de 1500 engenheiros, dos quais 200 são de Pernambuco. A ideia é priorizar a utilização da tecnologia e do desenvolvimento regional.

Entre alguns dos obejtivos estratégicos globais da Stellantis também está a redução de 50% de emissões de CO2 em 2030 e 20% de mix de vendas de elétricos no Brasil, no mesmo ano. 

MERCADO BRASILEIRO
Sobre a política econômica, seu impacto no mercado e o caminho a ser trilhado neste ano, Filosa foi objetivo ao expressar que qualquer movimento que suavize a carga fiscal sobre carros e serviços automotivos é positivo. "Visamos um ano com estabilização da inflação, mas não temos certeza. Assim como qualquer meio competidor, poder trabalhar com uma visão de suavização é bom pela demanda. Ao contrário, endurecendo a carga fiscal, isso diminui a demanda", observou. 

O presidente do grupo automotivo ainda reforçou sua preocupação com o nível de competitividade do mercado brasileiro. "Aqui temos as mesmas fábricas como lá fora, mesmos funcionários, mesmos robôs... o problema é da porta pra fora. A não competitividade por conta da carga tributária é um dos problemas do sistema industrial brasileiro. Está faltando um arranjo tributário e logístico diferente", criticou Filosa. 

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