Jaboatão dos Guararapes
Vídeo mostra mudanças estruturais irregulares no edifício que desabou em Jaboatão dos Guararapes
De acordo com a filmagem, um dos moradores removeu uma parede estrutural de um dos apartamentos para ''aumentar a sala''. O Crea-PE não recebeu informações oficiais sobre as obras realizadas no prédio.
Por: Bartô Leonel
Publicado em: 09/05/2025 09:51 | Atualizado em: 09/05/2025 11:33
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Reformas estruturais irregulares nos apartamentos pode ter provocado a queda de parte do edifício (Reprodução/Redes Sociais) |
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que o edifício Kátia Melo, que desabou na última terça-feira (06), no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, passou por mudanças estruturais irregulares, o que pode ter ocasionado a queda de parte do prédio.
“O segundo andar ainda está original. Já o apartamento do terceiro andar não tem janela e nem porta. O dono derrubou uma parede e aumentou a sala dele. Aquela parede antes era apoiada, e tudo que ele tirou sobrecarregou essa parede aqui, trazendo problema para todo o prédio”, afirma o homem que gravou o vídeo.
Durante a gravação, é possível ver algumas fissuras na estrutura do prédio. Agentes da Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes também aparecem no vídeo, fazendo a vistoria no prédio, que foi interditado no último domingo (04).
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) não havia recebido nenhuma informação oficial, até a última terça-feira (06), sobre as obras realizadas no prédio.
"Até o momento, não foi entregue ao órgão. Pela verificação dentro do nosso sistema, também não existem informações das reformas dos apartamentos. Então, provavelmente, os próprios moradores que realizaram essas modificações", afirmou a gerente de fiscalização do Crea-PE, Denise Maia, que esteve no edifício minutos antes do desabamento.
A prefeitura do Jaboatão dos Guararapes anunciou nesta quinta (08) a contratação, de forma emergencial, de uma empresa para realizar a demolição e a remoção dos escombros do edifício Kátia Melo, diante da alegação feita pela administração do prédio de que não teriam condições financeiras de arcar com esses custos.
O município está em negociação com o governo de Pernambuco para que esse valor seja custeado pelo estado ou pela seguradora do imóvel.