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Sport Club do Recife: 120 anos de uma razão para viver

Nesta terça-feira (13), o Leão da Ilha completa mais um ano de uma longa trajetória de paixão e conquistas

Publicado em: 12/05/2025 06:37 | Atualizado em: 11/05/2025 14:26

 (Rafael Vieira/DP)
Rafael Vieira/DP
GABRIEL FARIAS

Uma razão para viver! A semana marca os 120 anos do Sport Club do Recife. Fundado no dia 13 de maio em 1905 pelo engenheiro pernambucano Guilherme de Aquino, o Leão da Ilha, atualmente na elite do futebol nacional, quer seguir ocupando o símbolo de identidade e orgulho de uma nação rubro-negra. 
 
O Sport consolidou sua força no futebol pernambucano e expandiu sua influência no Brasil. Acumulou títulos estaduais, regionais e até nacionais, reforçando a imagem do time rubro-negro como um dos gigantes do Nordeste.
 
O Leão, símbolo do clube, é também uma homenagem ao povo pernambucano. A figura remete ao brasão do primeiro donatário da capitania de Pernambuco e à tradicional alcunha de "Leão do Norte". Esse título foi definitivamente abraçado pelo clube em 1919, ao vencer o troféu Leão do Norte em Belém, superando o combinado Remo/Paysandu.

A HISTÓRIA DE UM BRAVO LEÃO 
 
A trajetória do Sport é entrelaçada à do próprio futebol nordestino. Entre títulos de expressão está o do Campeonato Brasileiro de 1987, que vai além de uma conquista: é um marco e um rugido de bravura que ecoa até hoje contra o eixo dominante do futebol nacional. Uma taça que simboliza a grandeza do Leão, estampada em várias edições das camisas do clube e entoada nos cânticos da torcida.

Já em 2008, o Sport voltou a impressionar o Brasil ao conquistar a Copa do Brasil. Em jogos memoráveis e com uma Ilha pulsando em cada lance, o Leão mostrou sua força diante de gigantes e garantiu o título e uma vaga inédita na Libertadores.

A força no estado também permaneceu durante os anos. Com 45 títulos pernambucanos em sua galeria — o último conquistado agora em 2025, na final contra o Retrô — o Sport firmou seu sexto tricampeonato.

A ILHA DO RETIRO
Inaugurada em 4 de julho de 1937 e oficialmente nomeado Estádio Adelmar da Costa Carvalho, a Ilha do Retiro sempre foi reconhecida como a casa do torcedor do Sport e um terreno hostil para os adversários. Em 2024, a equipe rubro-negra precisou passar grande parte de uma temporada jogando na Arena de Pernambuco por conta de uma ampla reforma.

No retorno diante do Ceará, pela Série B, a nova Ilha — com gramado renovado, drenagem refeita, iluminação e melhorias em comodidade — foi peça-chave na arrancada rumo à Série A.

PRESENTE DE LUTA E FUTURO DE ESPERANÇA
 
De volta à Série A em 2025, o Sport ainda busca reencontrar seu melhor ritmo. A troca no comando técnico — com a saída de Pepa e a aposta no também português António Oliveira — surge como uma tentativa do clube de reencontrar a competitividade que o torcedor exige no Brasileirão. A prioridade é a permanência na elite, mas os sonhos não param por aí: quem sabe uma campanha sólida que garanta uma vaga internacional ao final do Brasileirão?

Na Copa do Nordeste, o time já está classificado para o mata-mata e tem mais uma chance de levantar uma taça que não vem desde 2014. De lá pra cá, foram três vice-campeonatos que ainda incomodam (2017, 2022 e 2023).

Fora das quatro linhas, o torcedor leonino também espera um futuro de equilíbrio e evolução. A expectativa é por uma gestão ainda mais moderna, quem sabe até uma SAF, que possa garantir estabilidade financeira e ambição esportiva.

E se o futuro ainda é um campo a ser explorado, a base do Leão já começa a pintar com promessas reais. Após a venda histórica do lateral-direito Pedro Lima ao Wolverhampton, da Inglaterra — a maior da história do futebol nordestino — o nome da vez é Zé Lucas. O jovem volante de 17 anos carrega uma enorme expectativa da torcida para seguir os passos do ex-defensor do Sport e escrever também sua história.