Faixa de Gaza

ONU: meio milhão de pessoas está com risco de fome extrema em Gaza

O relatório das Nações Unidas afirma que 22% da população de Gaza vive em situação catastrófica

Publicado em: 12/05/2025 11:30

 (Foto: Omar AL-QATTAA / AFP)
Foto: Omar AL-QATTAA / AFP

 

Nesta segunda-feira (12), a Organização das Nações Unidas fez um novo alerta para a pobreza alimentar na Faixa de Gaza. O relatório da ONU, divulgado hoje aponta que há pelo menos meio milhão de pessoas em risco de fome extrema no enclave palestino.

 

No relatório as Nações Unidas afirma que 22% da população vivem em situação catastrófica, enquanto Israel continua a manter o bloqueio da entrada de qualquer ajuda humanitária pela décima semana na região.

 

Refém israelense-americano será libertado

 

No entanto, o exército israelita anunciou uma pausa temporária em Gaza para permitir o resgate de Edan Alexander, de 21 anos, sequestrado quando servia numa unidade militar de elite no sul de Israel e é o único refém norte-americano ainda vivo capturado pelo Hamas, que declarou, por sua vez, que vai libertá-lo hoje mesmo.

 

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que estão preparando e estabelecendo um corredor seguro para permitir a libertação do soldado Alexander, que será entregue aos representantes da Cruz Vermelha pelo grupo e encaminhado para uma instalação na base de Re'im.

 

Nas instalações das IDF em Re'im, Alexander será submetido a um primeiro exame físico e mental e levado posteriormente para o Hospital Sourasky, na capital israelense.

 

Segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, o governo de Tel Aviv ainda deve enviar uma equipe ao Cairo para reiniciar as conversações de um acordo com o Hamas, após a libertação de Alexander e as negociações terão como objetivo uma trégua que inclua a libertação de mais reféns e a retomada de ajuda humanitária em Gaza.

 

Mas, uma fonte israelense citada pelo diário Maariv diz que Israel ainda não decidiu se vai enviar mesmo uma delegação ao Egito. Já uma fonte do Hamas disse a Agencia Press- France (AFP) que os mediadores o informaram que Israel iria suspender as operações militares em Gaza para a entrega de Alexander. 

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou que vai prosseguir com a guerra em Gaza.  “De acordo com a política israelense, as negociações decorrerão debaixo de fogo, com o compromisso de atingir todos os objetivos da guerra”, acrescentou uma fonte governamental.

 

Os Estados Unidos apresentaram a libertação de Alexander nas conversações com o Hamas como um primeiro passo para um acordo mais alargado que libertaria todos os reféns e poria fim à guerra. Israel, por outro lado, já disse recentemente que planeja uma grande ofensiva em Gaza para assumir o controle de todo o território, a menos que seja alcançado um acordo.

 

O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou também em uma publicação feita na sua rede social Truth Social, que o refém israelense-americano será libertado pelo Hamas. 

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