DESCOBERTA

Maior iceberg do mundo é registrado e começa a se desintegrar

Imagem recente do satélite Sentinel-3 mostra o maior iceberg do mundo, A23a, encalhado próximo à ilha Geórgia do Sul e em processo de desintegração

Publicado em: 02/05/2025 17:32

Imagem do satélite Sentinel-3 mostra o iceberg A23a cercado por blocos menores de gelo, indício de sua fragmentação no Atlântico Sul (foto: Divulgação/Agência Espacial Europeia)
Imagem do satélite Sentinel-3 mostra o iceberg A23a cercado por blocos menores de gelo, indício de sua fragmentação no Atlântico Sul (foto: Divulgação/Agência Espacial Europeia)

O maior iceberg do mundo, conhecido como A23a, foi registrado no início de abril pelo satélite europeu Copernicus Sentinel-3, quando se encontrava encalhado a 73 quilômetros da remota ilha Geórgia do Sul – ilha britânica no Oceano Atlântico. A imagem, capturada no dia 5 de abril e divulgada nesta sexta-feira (2/5) pela Agência Espacial Europeia (ESA), mostra o bloco de gelo gigante e alguns sinais de desintegração.

 

Com uma área de aproximadamente 3.460 quilômetros quadrados, o A23a tem dimensões comparáveis às da própria Geórgia do Sul, que possui 3.528 km². A ilha aparece parcialmente encoberta por nuvens na imagem, feita pelo instrumento OLCI (Ocean and Land Colour Instrument), que está a bordo do satélite.

 

O A23a se desprendeu originalmente da plataforma de gelo Filchner, na Antártida, em 1986, e permaneceu encalhado no fundo do mar por décadas. Somente em 2023 ele voltou a flutuar, sendo carregado pelas correntes oceânicas em direção ao norte. Desde então, percorreu mais de dois mil quilômetros, ganhando atenção internacional.

 

Agora, o iceberg começa a se fragmentar, processo comum em latitudes mais altas, onde as águas são mais quentes. Pequenos blocos de gelo já são visíveis ao norte da formação principal, o que indica o início da desintegração. Segundo a ESA, esse tipo de colapso é típico quando grandes massas de gelo deixam as águas geladas da Antártida e enfrentam temperaturas mais elevadas e condições climáticas diferentes.

 

A imagem completa, publicada no site da agência, permite grande ampliação. Com o zoom, é possível observar com mais detalhes os pedaços menores de gelo se desprendendo da estrutura principal do A23a.

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense