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Líderes europeus se reunirão sobre contribuição para força de paz na Ucrânia

Os aliados de Kiev também têm imposto sanções contra setores-chave da economia russa para tentar reduzir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra

Publicado em: 09/05/2025 18:59 | Atualizado em: 09/05/2025 19:13

 (AFP PHOTO / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE)
AFP PHOTO / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE

 

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky anunciou um encontro no sábado em Kiev com os líderes da chamada coligação dos dispostos, que reúne os países que poderão contribuir para uma força de paz num eventual acordo de tréguas com a Rússia.

 

O Reino Unido e a França lideram os esforços para criar um contingente militar que possa ser mobilizado para a Ucrânia após o fim da guerra, que visa impedir que Moscou volte a atacar o território ucraniano. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ressaltou recentemente um bom progresso do planejamento desta coligação.

 

O governo de Zelensky exige garantias de segurança e considera a força de paz como uma alternativa à adesão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) quando o conflito acabar.

 

A Finlândia confirmou uma reunião virtual da coligação de apoiadores da Ucrânia, que contará com o presidente finlandês, Alexander Stubb. O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, também comunicou sua participação num encontro entre Zelensky, Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron.

 

Nesta sexta-feira (9) ainda decorreu uma reunião em Oslo dos líderes dos países que fazem parte da Força Expedicionária Conjunta (JEF, na sigla em inglês), dos quais integram a Dinamarca, Estônia, Finlândia, Islândia, Letônia, Lituânia, Noruega, Suécia, Países Baixos e Reino Unido, sendo todos membros da Aliança Atlântica. Os dirigentes destes países revelaram ainda que tiveram conversas telefônicas separadas com o líder norte-americano e com Zelensky na quinta-feira à noite.

 

“O Reino Unido e os países do norte da Europa apontaram que apóiam a proposta do presidente dos Estados Unidos Donald Tump de um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia. O pedido de cessar-fogo de Trump é aceito e compreendido, assim como a necessidade de pressionar a Rússia a respeitar este cessar-fogo. Se não for respeitado, devem ser impostas sanções”, disse Store.  

 

Mas, o primeiro-ministro norueguês salientou que a trégua deve ser monitorada e respeitada antes de se poder avançar para negociações sobre as principais questões, a fim de alcançar uma paz duradoura.

 

Zelensky, por sua vez, sublinhou estar aberto a todos os formatos de negociações com a Rússia.

 

“Tanto a Rússia como a Ucrânia terão de ser responsabilizadas e, se o cessar-fogo não for respeitado, os Estados Unidos e os seus parceiros vão impor novas sanções", ameaçou Trump.

 

 “Se trata de uma abordagem concertada que está atualmente sendo adotada por Washington, pelos europeus e pela Ucrânia", acrescentou Store.

 

A Ucrânia conta com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país. Os aliados de Kiev também têm imposto sanções contra setores-chave da economia russa para tentar reduzir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra.

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