AUSTRÁLIA

Australianos votam em eleição marcada por inflação e tarifas de Trump

Os cidadãos australianos vão escolher entre o primeiro-ministro de centro-esquerda Anthony Albanese e seu rival conservador Peter Dutton
Por: AFP

Publicado em: 02/05/2025 22:51

Sydney, Austrália  (foto: SAEED KHAN/AFP
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Sydney, Austrália (foto: SAEED KHAN/AFP )

Os australianos começaram a votar neste sábado (3, data local) em uma eleição geral bastante acirrada e marcada pelo custo de vida, a preocupação climática e as tarifas do presidente americano Donald Trump.

 

Milhões de cidadãos vão escolher entre o primeiro-ministro de centro-esquerda Anthony Albanese e seu rival conservador Peter Dutton.

 

O consenso quase unânime entre as pesquisas pré-eleitorais é que o Partido Trabalhista de Albanese vencerá a eleição para um segundo mandato.

 

"Tenho esperança de que receberemos hoje um governo majoritário para que possamos construir sobre as bases que lançamos", declarou o primeiro-ministro neste sábado à emissora Seven Network.

 

As urnas abriram às 8h locais (19h de sexta-feira em Brasília) na costa leste da Austrália. Posteriormente, serão abertas nos territórios mais a oeste.

 

Um total de 18,1 milhões de pessoas estão registradas para votar no país oceânico, onde o voto é obrigatório e a participação costuma superar 90%.

 

Os resultados devem ser divulgados na noite deste sábado, a menos que a votação seja muito acirrada.

 

Albanese, de 62 anos, prometeu impulsionar as energias renováveis, enfrentar a crise habitacional e investir no sistema de saúde.

 

Dutton, um ex-policial de 54 anos e líder do Partido Liberal, quer deter a imigração, atacar o crime e suprimir a proibição à energia nuclear.

 

Algumas pesquisas apontaram que Dutton perdeu apoio por causa de Trump, a quem elogiou este ano como um "grande pensador" influente no cenário internacional.

 

Mas, diante da impopularidade do magnata americano na Austrália, o líder opositor mudou seu discurso e garantiu, em abril, que se tivesse que enfrentar o presidente americano, "o faria sem titubear".

 

Albanese condenou as tarifas de Trump como um ato de " automutilação econômica" e "não o ato de um amigo".