Fernando de Noronha
''A gente não precisa desse tipo de pessoa'', diz mãe de Emanoel Pedro baleado por delegado em Noronha
Morador de Fernando de Noronha passou por cirurgia para corrigir a fratura exposta causa pelo tiro disparado pelo delegado Luiz Alberto Braga
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 06/05/2025 11:24 | Atualizado em: 06/05/2025 11:30
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Maria do Carmo afirmou que seu filho não teve contato com a nutricionista no dia do ocorrido (Reprodução/TV Guararapes) |
Vítima de um disparo de arma de fogo efetuado pelo delegado Luiz Alberto Braga, em Fernando de Noronha, Emanoel Pedro Apory, de 26 anos, segue internado no Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, onde passou por cirurgia na segunda-feira (5). Em entrevista à TV, a sua mãe, Maria do Carmo, externou a revolta diante da violência praticada pelo policial.
“Noronha não precisa de gente desse tipo. A gente não precisa desse tipo de delegado. Lá, não temos marginal. Nós temos rapazes que não precisam roubar, nem matar”, desabafou Maria do Carmo.
O crime teria sido praticado por causa de ciúmes de uma nutricionista que estava com o delegado em uma festa no Forte dos Remédios. Segundo a mãe da vítima, Emanoel não teve nenhum contato com a mulher no dia do ocorrido, mas que um amigo dele teria ficado com ela no último sábado (3).
“Ele conheceu a moça no sábado em uma academia, após ela pedir ajuda. A mulher disse que era nutricionista, ofereceu os serviços dela e os dois continuaram conversando na academia até meu filho ir embora para casa. Quando ele chegou no domingo no Forte, ela estava com o delegado, mas ele evitou comprimentá-la para evitar qualquer tipo de ciúmes, iniciou.
“Só que no sábado, ela tinha ficado com um amigo dele em uma balada. Então, eu acho que o delegado pensou que tinha sido meu filho,” completou a mãe da vítima.
Por meio de nota, o Hospital da Restauração (HR) informou que o paciente passou por procedimento cirúrgico, ainda na noite desta segunda-feira (5), para corrigir uma fratura exposta na perna. Ele segue internado com quadro de saúde estável, sendo acompanhado pela equipe multiprofissional do HR.
“Meu filho trabalha como ambulante alugando guarda-sol na praia e vendendo bebidas. Ele é querido pela comunidade, sempre foi trabalhador, muito família, muito protetor,” afirmou Maria do Carmo.