ATROPELAMENTO
Militante do MST atropelado em protesto está em coma
Motorista que atropelou integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fugiu do local sem prestar socorro
Por: Larissa Aguiar
Publicado em: 15/04/2025 10:59 | Atualizado em: 15/04/2025 12:54
![]() |
Reprodução/Redes Sociais |
Dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram atropelados na manhã desta terça-feira (15), durante a Marcha em Defesa da Reforma Agrária e da Democracia, realizada na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro dos Torrões, Zona Oeste do Recife. Um dos militantes, Gideone Sidônio de Menezes Filho, está em coma após sofrer traumatismo craniano. O motorista que causou o atropelamento fugiu do local sem prestar socorro.
O ato, que reuniu centenas de trabalhadores do campo, transcorria de forma pacífica quando foi abruptamente interrompido pelo avanço de um veículo sobre o bloqueio montado pelos manifestantes, nas imediações do Compaz Ariano Suassuna. De acordo com o MST, o condutor ignorou a sinalização e invadiu o espaço ocupado pelos militantes.
Gideone foi socorrido por equipes de emergência e inicialmente encaminhado à UPA dos Torrões, onde precisou ser entubado. Ele deve ser transferido para o Hospital da Restauração, referência em traumas na capital pernambucana. A segunda vítima sofreu apenas escoriações leves e passa bem.
A placa do carro foi repassada às autoridades e a polícia está atuando na identificação do condutor, que poderá responder criminalmente pelo atropelamento. O MST informou que está tomando todas as medidas legais cabíveis para garantir que o responsável seja responsabilizado.
A deputada estadual Rosa Amorim (PT), militante do movimento, se pronunciou nas redes sociais: “Não permitiremos que o ódio faça mais vítimas! Pedimos justiça pelo nosso companheiro que se encontra em estado grave. Que o responsável por esse crime de ódio seja identificado e punido pelo crime que cometeu.”
A marcha desta terça-feira foi parte de uma agenda nacional de mobilizações do MST em defesa da reforma agrária, da democracia e de políticas públicas para a agricultura familiar. Mesmo com o incidente, o movimento afirmou que seguirá com sua programação e reforçou o apelo por justiça.