ORIENTE MÉDIO

Líder da Síria anuncia comissão para investigar onda de violência

Líder sírio Ahmed Al Sharaa discursou à nação e afirmou que o país enfrenta um novo perigo representado pelos remanescentes do antigo regime de Al Assad

Publicado em: 10/03/2025 11:56

O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa
 (Foto: AFP PHOTO/SYRIAN PRESIDENCY)
O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa (Foto: AFP PHOTO/SYRIAN PRESIDENCY)
A liderança interina síria anunciou a criação de uma comissão independente para investigar os crimes e a onda de violência dos últimos dias que provocaram mais de mil mortos.

O líder da Síria, Ahmed Al Sharaa, discursou à nação no domingo e afirmou que a Síria enfrenta um novo perigo representado pelos remanescentes do antigo regime de Al Assad e pelas forças externas que procuram arrastar o país para uma guerra civil com o objetivo de dividi-lo, destruindo a sua unidade e estabilidade. "Devemos todos permanecer calmos e fortes contra aqueles que procuram incitar a discórdia sectária e as disputas internas", enfatizou.

“A formação de um comitê superior para preservar a paz civil, que será encarregada, em nome da Presidência da República, de comunicar diretamente com o povo da costa síria, ouvi-lo e prestar-lhe o apoio necessário, a fim de garantir a proteção da sua segurança e estabilidade e reforçar a unidade nacional nesta fase tão delicada", declarou Al Sharaa.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as vítimas são civis alauítas que foram mortas pelas forças de segurança sírias e grupos aliados durante as operações e combates com os partidários do ex-presidente sírio deposto Assad no oeste do país.

De acordo com o jornal sírio Al Watan, as forças de segurança prenderam diversas pessoas. "Todos os detidos foram levados à justiça em conformidade com as instruções do presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, de perseguir os autores das violações, diz a mídia.

A Organização das Nações Unidas alertou para o risco de uma nova guerra civil e os Estados Unidos e a Rússia também já pediram uma reunião urgente no Conselho de Segurança da ONU para esta segunda-feira (10).