PT
Presidente interino do PT Nacional, Humberto Costa diz que "não houve proposta formal" de mudança para base de Raquel Lyra
Prioridade do partido para as próximas eleições é criar uma frente ampla progressista para garantir reeleição de Lula
Por: Guilherme Anjos
Publicado em: 13/03/2025 19:40 | Atualizado em: 13/03/2025 20:43
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Ruan Pablo/DP Foto |
Presidente interino do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, o senador Humberto Costa disse que não houve proposta formal dentro da legenda para que migrassem para a base da governadora Raquel Lyra (PSD) após sua mudança de partido. O petista concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (13) e participa de reunião com a cúpula estadual da sigla.
"Essa é uma questão que o PT de Pernambuco tem que discutir se houver proposição. Até o momento, não há nenhuma proposta formal de algum militante do PT para que nossa posição seja mudada. Se houver alguma proposta, o diretório vai se debruçar sobre essa questão, discutir os prós e os contras. Mas, que eu saiba, não existe essa discussão", afirmou Humberto.
Um dos motivos por trás da ida de Raquel ao PSD – que possui três ministérios no Governo Federal – seria o desejo de se aproximar do presidente Lula.
Insatisfações com a relação com o prefeito João Campos (PSB), a CNB, corrente majoritária do PT, tem correspondido aos acenos da governadora. Os deputados estaduais petistas se juntaram ao "blocão" de maioria governista na Assembleia Legislativa (Alepe), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse que Raquel "sempre foi da base", e o deputado estadual João Paulo (PT) não esconde seu desejo de estar ao lado da governadora.
"João Paulo tem o direito de ter suas opiniões pessoais individuais. Nós respeitamos. Mas o partido não tem, necessariamente, as mesmas posições que ele possa ter. Ele tem essa liberdade para externá-las", esclareceu Humberto.
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Ao lado do senador, João Paulo interviu. Em tom de humor, disse que "o que pode acontecer é mudar de posição ficando na mesma posição".
Reeleição de Lula
O senador reforçou, ainda, que a posição do partido para as eleições será definida no próximo ano, em harmonia com a estratégia nacional. A prioridade será estabelecer uma frente ampla para garantir a reeleição de Lula. Essa meta já havia sido determinada pela ex-presidente da legenda, Gleisi Hoffmann.
“As posições do PT nos estados devem ser objetos de avaliação um pouco mais para frente. Essa eleição é fundamentalmente nacional. Nossa principal meta é a reeleição do presidente Lula. Para que essa reeleição aconteça, teremos que fazer uma ampla frente nacional, com a centro-esquerda, partidos de centro e talvez até de centro-direita”, afirmou.
Segundo Humberto, os partidos alinhados com a meta do PT até o momento são PSB, PCdoB, PV, REDE, PDT e PSOL. “Tudo indica que o MDB também deverá concorrer à chapa em apoio ao presidente Lula. Existe a possibilidade do PSD e do União Brasil, que fazem parte do governo”, complementou.