Homicídio

Em interrogatório, PM diz que discutiu com ex-companheiro por venda de casa

Lucas Emanuel Marinho, 33, foi morto com seis tiros dentro do carro, em Petrolina

Publicado em: 10/03/2025 16:35 | Atualizado em: 10/03/2025 18:16

 (Foto: Reprodução/Polícia Militar
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Foto: Reprodução/Polícia Militar
A policial militar da Bahia Marleide da Silva Pereira, de 35 anos, acusada de planejar e matar o ex-companheiro, o também PM Lucas Emanuel Marinho, 33, declarou em interrogatório que eles discutiram diversas vezes ao longo da separação por conta da venda de uma casa.

Lucas foi morto com seis tiros dentro do carro, na manhã de domingo (9), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. 

Em seu depoimento, obtido pelo Diario de Pernambuco, Marleide disse que debateu sobre o valor de uma casa vendida por Lucas, no valor de R$ 290 mil. A PM afirmou que, na época, questionou Lucas sobre o preço baixo, pois acreditava valer mais. Além disso, ela queria que a casa fosse deixada para os filhos do casal, de 10 e 13 anos. 
 
Marleide alega, ainda, que foi ameaçada por Lucas na manhã do assassinato. No entanto, a versão foi contestada pela investigação policial.  

A motivação do homicídio ainda é investigada. O corpo de Lucas Emanuel foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina. O carro, que tinha marcas de tiros no lado do motorista, também passou por perícia.

A investigação

Segundo a investigação, no dia do crime, Marleide disse que estava escalada para trabalhar e convenceu o PM a ir até a sua casa para buscar os filhos que o casal tinha em comum. Assim que Lucas Emanuel chegou ao local, ela teria o surpreendido, já com a arma em punho, e atirado pelo menos seis vezes contra o ex.

Os tiros foram desferidos quando a vítima ainda estava dentro do carro. O corpo do PM também foi encontrado com arma na cintura. Para a polícia, o cenário indica que ele não teve chance de reagir e se defender.

Após o crime, Marleide, que é lotada na 25ª Companhia Independente da PM baiana, em Casa Nova, no Norte da Bahia, se entregou no batalhão. Ela teria confessado o homicídio e teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco afirmou que a suspeita passou por um interrogatório na delegacia.