TRISTEZA
Seguidores do "Cobra Policial" lamentam seu assassinato no Instagram
PM "influencer" Misael Matheus da Silva usava perfil nas redes sociais para comentar sobre crimes e dar dicas e alertas de segurançaPublicado em: 08/01/2025 12:03 | Atualizado em: 08/01/2025 13:07
Arte/Reprodução Instagram |
Sob o vulgo "Cobra Policial" e com mais de 70 mil seguidores no Instagram, o policial militar Misael Matheus da Silva, de 29 anos, utilizava as redes sociais para comentar sobre crimes, dar dicas de segurança e alertar pais e crianças. Ele foi assassinado a tiros por um outro PM, de 39 anos, que não teve a identidade divulgada, na última sexta-feira (3), tiros no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife.
Em imagens que circulam nas redes sociais, a vítima aparece em uma calçada conversando com uma mulher, enquanto o suspeito aguarda dentro de um carro cinza estacionado do outro lado da rua. O criminoso espera uma viatura policial passar, chama a vítima até o veículo e dispara contra ela.
O policial militar ainda reage, saca sua arma e tenta correr, mas acaba caindo no chão. O autor do crime, vestindo uma camisa amarela, sai do carro, recolhe um objeto que parece ser a pistola deixada pela vítima, retorna ao veículo e foge do local.
Em seu perfil online, Misael se destacou pelo conteúdo criativo e pela escolha de sempre usar um capuz para preservar sua identidade, o que causava curiosidade aos seus fãs.
“Na hora de um assalto você só vai fazer uma coisa: memorizar o rosto do indivíduo ou da placa caso ele esteja de veículo. Não arrisque sua vida”, aconselhava em um dos vídeos.
Nos comentários, seus seguidores lamentam a morte do influenciador. “Hoje não só o Luan, mas toda comunidade está de luto”, escreveu uma. Outro afirmou que ele “foi gigante”.
“Seu gesto de amor, poucos conheceram; seu carinho pela família, ninguém viu. Mas tudo ficou registrado em nossa memória e em nossos corações. Tenho esperança da vida eterna e que vamos nos ver na eternidade. Até breve para você, sobrinho lindo. Menino de ouro”, disse outra seguidora.
O que diz a Polícia
De acordo com a Polícia Civil, o atirador apresentou-se espontaneamente na Delegacia de Polícia Judiciária Militar, como também, ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O caso foi registrado pela Força Tarefa de Homicídios na Capital como homicídio consumado. “As investigações foram iniciadas e seguem até a conclusão do inquérito”, informou a PCPE.