Crimes sexuais

Padre Airton: 1ª audiência teve depoimento de vítima e terminou sem interrogatório do réu

Julgamento de Padre Airton, no caso em que responde pelo estupro de uma mulher, foi adiado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)

Publicado em: 10/01/2025 13:39

 (Arquivo/DP)
Arquivo/DP


O primeiro dia do julgamento do padre Airton Freire, realizado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em Buíque, no Sertão pernambucano, terminou após o depoimento da vítima e de testemunhas de acusação na quarta-feira (8). O réu, que é acusado de crimes sexuais, não chegou a passar por interrogatório na ocasião.

A audiência tratou do caso da personal stylist Silvia Tavares, que denunciou ter sido vítima de estupro à delegacia da Mulher do Recife, em outubro de 2022. O religioso também responde na Justiça por outras quatro acusações de abuso e alega inocência.

Em entrevista, concedida neste ano, a vítima relatou que era frequentadora de retiros espirituais organizados pelo Padre Airton desde 2019 e o teria conhecido após buscar ajuda para tratar depressão.

O Diario de Pernambuco apurou que, durante o depoimento, a vítima teria deixado de responder algumas perguntas feitas em plenário. Testemunhas convocadas pelo Ministério Público (MPPE) também foram ouvidas. Uma delas, considerada chave no processo, teria chegado a chorar ao ser questionada na audiência.

A data da nova audiência ainda não foi informada pela Justiça pernambucana. Por se tratarem de crimes sexuais, os processos tramitam em segredo de Justiça.

Em nota, a defesa do religioso afirmou que a audiência teria demonstrado que as acusações “são fantasiosas e sem consistência”. “A defesa reitera a inocência do padre Airton, preso indevidamente há um ano e meio”, registra o comunicado dos advogados.