ARGENTINA

Opositor do governo da Venezuela viaja para Buenos Aires

Edmundo González Urrutia deixou Madrid, onde está asilado, e está a caminho da Argentina

Publicado em: 03/01/2025 12:06

Candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo Gonzalez Urrutia (Foto: FREDERICK FLORIN/AFP)
Candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo Gonzalez Urrutia (Foto: FREDERICK FLORIN/AFP)
O opositor do governo venezuelano, Edmundo González Urrutia, reconhecido pelos Estados Unidos e pelo Parlamento Europeu como presidente eleito da Venezuela, no pleito de 28 de julho do ano passado, deixou Madrid, onde está asilado e está a caminho da Argentina.
 
Urrutia e a líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, já apelaram a população que retomem as manifestações, antes da tomada de posse de Nicólas Maduro, marcada para 10 de janeiro. "Tomemos juntos o compromisso de que o meu mandato terá início em 2025", instou Urrutia, que tem prometido que voltará a Venezuela e irá assumir as suas funções de presidente eleito. 

No entanto, Maduro quer prender o seu oponente e as autoridades venezuelanas já ofereceram uma recompensa de 100 mil dólares pela sua captura. O anúncio foi publicado nas redes sociais pela polícia e também será colocado em aeroportos e postos de controle de todo o pai.

Em Buenos Aires, não se sabe por enquanto qual o apoio Urrutia terá do presidente argentino Xavier Milei.

Fraude nas eleições da Venezuela

A oposição venezuelana contesta a declaração de vitória de Maduro nas recentes eleições presidenciais e afirma que Urrutia venceu com 67%. O regime de Maduro ainda não apresentou até o momento as atas e os boletins das eleições, que foi pedida pelos observadores internacionais, pela oposição e por boa parte dos países. 

O anúncio da vitória de Maduro causou inúmeros protesto e confrontos com as forças policiais, que provocaram pelo menos 28 mortos e mais de 200 feridos. Cerca de 2.400 pessoas foram detidas. 

Mas, as autoridades do país declararam recentemente que mais de 1.400 foram libertadas condicionalmente.

Além dos Estados Unidos, a União Europeia e vários países da América Latina não reconheceram a declaração de vitória de Nicolás Maduro, o qual tem sido reeleito sucessivamente desde 2013, em eleições contestadas por suspeita de fraudes generalizadas.
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