VENEZUELA
Opositor de Maduro revela que o seu genro foi sequestrado na Venezuela
Urrutia afirmou que o marido da filha foi raptado por homens mascaradosPublicado em: 08/01/2025 21:13
Opositor venezuelano Edmundo Gonzalez Urrutia (foto: Luis Robayo/AFP) |
O genro do líder da oposição na Venezuela foi raptado, segundo o próprio Edmundo González Urrutia revelou na rede social X.
Urrutia afirmou que o marido da filha foi raptado por homens mascarados, na terça-feira (7) de manhã, e continua desaparecido.
Edmundo González Urrutia também reivindica ser o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela e garante que estará em Caracas para tomar posse, marcada para 10 de janeiro.
Enquanto isso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro se reuniu com milícias armadas e jurou "defender o país". No palácio presidencial, Maduro ativou, por decreto, os Órgãos de Direção Integral (Odis), durante o ato de juramento das milícias bolivarianas, para defender a paz até que tome posse, diante do parlamento. Os Odis, de acordo com Maduro, são uma combinação do poder popular, o poder político, as forças armadas e os organismos de segurança, e estão ativos nos 355 municípios, estados, paróquias e comunidades do país.
Maduro assegura que Urrutia será preso se voltar ao país e ainda anunciou que sete estrangeiros, dois norte-americanos, dois colombianos e três ucranianos, foram detidos e acusados de terrorismo e de tentar desestabilizar o governo.
"Capturamos sete mercenários estrangeiros, incluindo dois importantes mercenários dos Estados Unidos da América que vinham para desenvolver ações terroristas contra a paz na Venezuela", disse Maduro, acrescentando que os novos detidos se juntam aos 125 estrangeiros, de 25 nacionalidades, que as autoridades venezuelanas prenderam desde novembro.
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao Maduro, com pouco mais de 51% dos votos. Já a oposição venezuelana afirma que Urrutia, que se exilou na Espanha, obteve quase 70% dos votos. A oposição, observadores internacionais, ONGs e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido desde então que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.