GUERRA

Netanyahu adia reunião decisiva com seus ministros sobre acordo de cessar-fogo

Governo israelense alegou que que detalhes finais do acordo ainda estão em aberto

Publicado em: 16/01/2025 12:29

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Foto: Abie Sultan/Pool/AFP)
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Foto: Abie Sultan/Pool/AFP)
O acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas prevê numa primeira fase a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, no entanto ainda existem questões não resolvidas, segundo o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que aguarda que soluções sejam encontradas nas próximas horas.
 
O governo israelense informou que adiou esta quinta-feira (16) a reunião de ministros para a aprovação do cessar-fogo marcada para esta manhã, alegando que detalhes finais estão em aberto, além de Netanyahu acusar o Hamas de estar recuando em alguns pontos do acordo, atrasando a aprovação do mesmo. “O Hamas está criando uma crise de última hora, impedindo um acordo. O Hamas está rejeitando partes do acordo alcançado com os mediadores. O governo de coligação e o gabinete de segurança israelense não se reúnem até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os pontos do acordo”, disse o premiê de Israel.

O jornal Jerusalem Post noticiou a declaração de um alto membro do grupo, Izzat el-Reshiq, que garantiu hoje que o Hamas está comprometido com o acordo anunciado pelos mediadores.

Além disso, apesar da decisão de uma trégua, as forças israelenses continuam a lançar ataques no território palestino nas últimas horas. Hoje à ofensiva já matou 73 palestinos em um prédio de apartamentos no bairro de Daraj, no centro da Cidade de Gaza.

O acordo alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir de domingo, após 15 meses de uma guerra devastadora, e a troca gradual  de 33 reféns israelenses por centenas de prisioneiros palestinos. A previsão, até o momento, é de que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas entre em vigor no domingo (19).

A trégua ainda estabelece a entrada de acesso humanitário à Faixa de Gaza, onde faltam alimentos, água potável, combustível, medicamentos entre outros itens essenciais. Os últimos dados das autoridades de saúde apontam que mais de 46.700 pessoas morreram desde o inicio do conflito. 

Enquanto isso, a notícia da incerteza ainda das negociações finais dos acordos entre Israel e Gaza para um cessar-fogo foram encaradas no enclave palestino como uma catástrofe, relataram funcionários de ONGs que atuam na região.

E, embora também haja uma intensa emoção e expectativa entre os familiares dos reféns é consenso a cautela devido à fragilidade do acordo de trégua.
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