Facção Criminosa

Juíza sobre prisão de Magnata, líder do Sindicato do Crime: "Sua liberdade coloca em risco a ordem pública"

Apontado como conselheiro do Sindicato do Crime, Magnata foi preso em flagrante em resort de luxo em Porto de Galinhas

Publicado em: 10/01/2025 12:32



A juíza Luciana Marinho Pereira de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decretou a prisão preventiva do traficante Alan Marcos Zico Fonseca da Silva, o “Magnata”, de 36 anos, que é ligado à facção criminosa Sindicato do Crime. Ele foi detido em flagrante em um resort de luxo em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco, no início da semana.

Na decisão, proferida na terça-feira (7) e obtida pelo Diario de Pernambuco, a magistrada alegou que o perfil criminal de Magnata exigiria uma “medida extrema”, como é considerada a prisão preventiva pela legislação, com o objetivo de impedir a “reiteração delitiva” – ou seja, que o acusado continue cometendo crimes. “Sua liberdade coloca em risco a ordem pública”, registrou.

Com passagens por tráfico, homicídio e organização criminosa, Magnata é apontado como conselheiro do Sindicato do Crime, a principal facção criminosa do Rio Grande do Norte. Ele também era alvo de um mandado de recaptura, em 2022, após fugir do sistema prisional potiguar.

“Não se pode olvidar que o autuado responde a vários processos criminais no Estado do Rio Grande do Norte, além de possuir mandado de prisão expedido em seu desfavor”, afirmou a juíza, no documento. “Sendo assim, diante das circunstâncias da prisão, entendo que deve permanecer custodiado até ulterior deliberação do juízo natural.”   

Prisão de Magnata

Magnata foi preso em flagrante em uma hospedagem, à beira-mar de Porto de Galinhas, na manhã de segunda-feira (6). A operação envolveu policiais civis do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) e da Delegacia de Polícia da 103ª Circunscrição Policial (Pipa), do Rio Grande do Norte.

No momento da abordagem, o líder do Sindicato do Crimes estava acompanhado da esposa e de filhos menores de idade. Aos policiais, o criminoso apresentou um documento falso, com nome fictício de Kauan Lima Araújo e registro na Paraíba.

Por causa dos sinais de adulteração do documento, ele foi autuado por falsidade ideológica. Posteriormente, os investigadores também encontraram três pistolas calibre 9 mm, seis carregadores, dois prolongadores e 202 munições, escondidos em um apartamento de alto padrão, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, alugado pelo criminoso.

Magnata fazia parte da lista de mais procurados do Rio Grande do Norte e é considerado pelas autoridades policiais como um indivíduo de “alta periculosidade”. Ele também usava as alcunhas de “Alan Bigodinho”, “Ostenta” e “Das Arábias”.