Jornalista italiana é libertada de prisão no Irã

A jornalista foi libertada e já chegou a Roma (foto: Andrea Merola/AFP)

A jornalista italiana Cecilia Sala, que estava detida no Irã há 21 dias, foi libertada e já chegou a Roma. Sala foi recebida pelos seus pais, o namorado Daniele Raineri, a primeira-ministra da Itália Giorgia Meloni, o Ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e o presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri.  

"Penso que  o empenho geral de todos conduziu a este resultado. Estamos verdadeiramente felizes, bem-vinda Cecilia. Conseguimos verdadeiramente alcançar um resultado importante num curto espaço de tempo, trazendo um dos nossos compatriotas de volta a casa", disse Tajani, acrescentando que sentiu uma dupla responsabilidade na resolução deste caso por ser amigo do pai da jornalista. 

De acordo com fontes norte-americanas, o engenheiro iraniano, Mohammad Abedini Najafabadi, também será libertado, que se encontra detido na Itália, e repatriado para o Irã.

Najafabadi, preso no aeroporto de Malpensa, em Milão, a pedido da Casa Branca, em 16 de dezembro, pouco antes da detenção da jornalista em Teerã. Ele seria enviado para os Estados Unidos para responder na justiça norte-americana por conspiração criminosa e terrorismo, mas pediu prisão domiciliar e  aguardava a decisão da justiça da Itália, que deverá extraditá-lo para os EUA, como solicitou antecipadamente Washington, ou enviá-lo para o Irã, como requisitado pelo governo de Teerão antes da detenção de Sala.

Cecilia Sala ficou presa na prisão de Evin, em Teerã, por, segundo o governo local, ter violado as leis da República Islâmica do Irã. Ela estava com o visto de jornalista e estava na capital iraniana a trabalho.

Viagem de Meloni aos EUA

Não foi divulgado até o momento que influência teve o encontro entre Meloni e o presidente eleito norte-americano, Donald Trump, que aconteceu semana passada na Flórida, numa visita relâmpago da líder italiana aos EUA. Não foram divulgados detalhes das conversações, mas o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, confirmou que tinha sido discutido o caso Sala.