BRICS

Indonésia exalta ser o mais novo membro pleno dos BRICS

Grupo das maiores economias emergentes do mundo agora tem 11 membros.

Publicado em: 07/01/2025 11:53 | Atualizado em: 07/01/2025 12:22

 (Foto: Ricardo Stuckert)
Foto: Ricardo Stuckert

 

Nesta terça-feira (7), o governo da Indonésia declarou que a adesão como membro permanente do grupo BRICS, anunciada na segunda-feira pelo Brasil, dará mais destaque aos países não ocidentais e ainda ajudará a alcançar uma ordem mundial mais equilibrada.

 

A candidatura da Indonésia recebeu o aval dos líderes do grupo na Cúpula de Joanesburgo, em 2023. No entanto, o país Ipediu para entrar formalmente no grupo somente após as eleições presidenciais de 2024 e da formação do novo governo.

 

"Esta conquista reflete o crescente papel ativo da Indonésia nos assuntos globais, bem como o seu compromisso em reforçar a cooperação internacional para alcançar uma ordem global mais inclusiva e equilibrada. O grupo BRICS é "uma plataforma importante para a Indonésia reforçar a cooperação sul-sul, garantindo que as vozes e aspirações dos países do Sul Global são ouvidas e representadas no processo de tomada de decisão global", diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores indonésio.

 

As autoridades indonésias também agradeceram à Rússia, que deteve a presidência rotativa do bloco em 2024, e ao Brasil, que assumiu a presidência no primeiro dia de janeiro, e se comprometeram a trabalhar com os outros países do BRICS para resolver problemas globais como as alterações climáticas e a segurança alimentar.

 

Na segunda-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou que a Indonésia se tinha tornado o mais recente membro pleno do grupo BRICS e saudou o país detentor da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático.

 

"A Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global, temas prioritários para a presidência brasileira do BRICS, que tem como lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", afirmou a chancelaria brasileira.

 

O BRICS, termo criado por um analista da Goldman Sachs sobre economias emergentes, foi fundado em 2006 pelo Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul se juntou ao grupo em 2011, e, em 2024, aderiram o Egito, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia. O bloco representa mais de 40% da população global e mais de 35% do Produto Interno Bruto mundial.

 

Agora, após a Indonésia, em 2025 está prevista, mas não confirmada, a entrada da Turquia, Nigéria, Argélia, Bielorrússia, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Vietnã, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Uganda como estados membros associados.

 

O combate às alterações climáticas, a utilização de moedas locais, a inteligência artificial e o reforço na integração dos novos membros são algumas das prioridades da presidência brasileira dos BRICS, de acordo com o embaixador Eduardo Saboia, negociador-chefe dos BRICS.