HOMENAGEM
França homenageia vítimas do atentado há 10 anos ao jornal Charlie Hebdo
A partir do ato terrorista, o local da redação do Charlie Hebdo é mantido em segredo e os funcionários são protegidos por guarda-costasPublicado em: 07/01/2025 17:28
Ataque matou 12 pessoas (foto: LUDOVIC MARIN/POOL/AFP) |
Hoje completa 10 anos que o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque terrorista, que matou 12 pessoas. A revista francesa publicou novos cartoons sobre religiões, no número especial que preparou para assinalar o décimo aniversário do ataque jihadista na sua redação, em 2015.
A França realiza várias homenagens as vítimas do jornal e ainda pelas quatro pessoas que morreram após um atentado a um supermercado judeu, na capital francesa, que ocorreu dois dias depois do ataque ao Charlie Hebdo.
A Câmara Municipal de Paris organizou cerimônias oficiais, contando com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron. Em frente à porta da antiga redação do tabloide diversas personalidades políticas e familiares das vítimas também se reuniram e depositaram coroas de flores, na rua onde morreu, primeiramente, um policial que estava no local. Depois se encaminharam ao estabelecimento comercial judeu.
Além disso, para assinalar a data foi publicada nesta terça-feira (7) uma edição especial com 32 páginas, na qual o diretor escreveu que a vontade de rir nunca desaparecerá.
E, na primeira página, está a manchete com a promessa de que o Charlie Hebdo é indestrutível.
Já a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen pediu uma luta incansável contra o terrorismo. "Os homens e mulheres do Charlie Hebdo foram assassinados pelo que representam: os valores da França e da Europa. Liberdade de expressão, democracia, pluralismo. Vamos honrar a sua memória e lutar incansavelmente contra o terrorismo e o fundamentalismo religioso", pontuou.
A partir do ato terrorista, o local da redação do Charlie Hebdo é mantido em segredo e os funcionários são protegidos por guarda-costas. O jornal é online e lança uma edição semanal impressa.
No dia 7 de janeiro de 2015, os irmãos Chérif e Said Kouachi mataram 12 pessoas num ataque à redação do Charlie Hebdo, que já estava sob proteção e havia sido alvo de frequentes ameaças por ter publicado algumas caricaturas do profeta Maomé, desde 2006, que causou a ira de islamitas radicais. Oito das vítimas eram profissionais do jornal.
O atentado gerou uma comoção em todo o mundo e no fim de semana seguinte levou milhões de pessoas às ruas, especialmente em Paris, onde compareceram chefes de Estado e representantes governamentais de dezenas de países.