ACORDO
Forças curdas confirmam acordo com novo governo sírio
Acordo foi revelado pelo chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS), Mazloum AbdiPublicado em: 08/01/2025 22:37
"Concordamos com a importância da unidade e da integridade territorial da Síria e rejeitamos qualquer plano de divisão que possa ameaçar a unidade do país", afirmou Mazloum Abdi, chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS) (foto: Delil Souleiman/AFP) |
O líder das forças curdas sírias, que estabeleceram uma administração autônoma no nordeste da Síria, revelou hoje que concordou com as novas autoridades de Damasco na rejeição de qualquer divisão territorial do país.
"Concordamos com a importância da unidade e da integridade territorial da Síria e rejeitamos qualquer plano de divisão que possa ameaçar a unidade do país", afirmou Mazloum Abdi, chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS), em um comunicado à agência de notícias France Presse (AFP).
Abdi comentou também que houve uma reunião muito positiva realizada em dezembro entre a delegação das FDS com o novo líder da Síria, Ahmed al Sharaa, que derrubou o regime de Bashar al-Assad.
Sharaa é o chefe do grupo Hayat Tahrir Al Sham (HTS), que comandou os rebeldes s que tomaram Damasco em 8 de dezembro.
As FDS são uma coalizão de combatentes curdos, que conta com o apoio dos Estados Unidos.
Por sua vez, a Turquia também alertou na terça-feira (7) lançar uma operação militar contra os curdos na Síria, se não aceitassem as exigências estabelecidas para uma transição pacífica após a queda de Assad.
Ancara considera as FDS uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização que o governo turco e diversos países ocidentais dizem ser terrorista. Mas, também é descrita por outros como uma organização subsidiária das Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas. No entanto, é visto mesmo assim como um aliado do Ocidente, especialmente da Casa Branca, na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) na região.
Ilham Ahmed, do Conselho Democrático da Síria, já havia apelado ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que usasse sua abordagem única de diplomacia para convencer o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a interromper qualquer operação planejada.