Botão de pânico salva mulher de agressão; por medo ou vergonha, maioria das vítimas não usa

Esses números podem ser reduzidos, se as mulheres, vítimas de violência doméstica, utilizarem um dispositivo de rastreamento disponibilizado pela secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

Nesta quinta-feira (9), o uso do dispositivo de rastreamento contribuiu para a prisão de um homem suspeito de violência doméstica no bairro da Charneca, Cabo de Santo Agostinho. 

A Unidade Portátil de Rastreamento é um dispositivo que pode ser utilizado nas prevenções de casos de violência doméstica contra a mulher e que funciona por meio de um sensor de aproximação.

O gerente de Monitoramento eletrônico de pessoas da Seap, Alony Santos, falou sobre a importância da utilização desse equipamento que pode salvar vidas e que, por vários motivos, as mulheres desistem de usar.

“Atualmente, temos um número muito expressivo de 640 pessoas utilizando tornozeleira eletrônica em decorrência de violência doméstica e apenas 270 mulheres utilizando o equipamento de proteção”, revelou Alony.

Ainda de acordo com informações, nenhum homicídio foi registrado quando o agressor usa a tornozeleira eletrônica e, com o incremento do dispositivo, facilita ainda mais o monitoramento porque a mulher é rastreada em qualquer lugar que ela for.

Como funciona:

O UPR (unidade portátil de rastreamento) funciona conectado com a tornozeleira eletrônica do agressor. Quando ele se aproxima do raio de distância da vítima, o dispositivo tem vários mecanismos para alertar a mulher. Ele vibra, emite som, e também sinal sonoro. A mulher ainda pode acionar um botão de pânico que fica na parte de trás do equipamento, que quando é acionado, o Copom entra em ação e desloca policiamento para o local onde o rastreador está.

A violência doméstica no Estado vem crescendo ao longo dos anos. No ano de 2022, foram registrados 44.341, em 2023 52.090 e em 2024 foram registrados 53.836 casos de violência doméstica.