COMOÇÃO
Até o xodó Roxinho prestou última homenagem ao delegado assassinado em São Paulo
Cavalo do delegado assassinado em São Paulo percorreu as ruas de Chã Grande, em meio a centenas de pessoas, até o cemitério da cidadePublicado em: 16/01/2025 12:47 | Atualizado em: 16/01/2025 13:14
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Cavalo Roxinho era o xodó do delegado Belarmino Júnior (Aimé Kyrillo) |
Por entre centenas de pessoas, carros, motos e bicicletas que acompanharam o cortejo levando o corpo de Belarmino Júnior do Ginásio José Barbosa Filho até o cemitério de Chã Grande, estava Roxinho, sendo conduzido por um amigo da família, no final da manhã desta quinta (16), em Chã Grande. “É o cavalo de Júnior”, explicou o tio Josivan Belarmino.
“Quando ele estava de folga, e queria desopilar, era hora de selar Roxinho e sair para dar uma cavalgada”, lembrou, enquanto caminhava pelas ruas da cidade. Ao passar por uma loja, fechada como todo o comércio de Chã Grande, soltou:
“Tudo começou aqui: Júnior Festas e Bebidas. Era dele. Um comércio pequeno, onde vendia água, carvão. Ele ficava estudando num birô. Quando chegava cliente, ele parava e atendia. Depois voltava para estudar”, recordou o tio, que era considerado pelo sobrinho como um segundo pai.
Assim como todas as pessoas que deram seu depoimento sobre Belarmino Júnior, Josivan enfatizou a determinação do delegado com relação aos estudos e o deseja de realizar um sonho, sonho interrompido por vários tiros à queima roupa.
“Eu brincava com ele: ‘Mas Júnior, você ainda vai estudar mais. Você já chegou a delegado da maior cidade do país”, conta o tio, já balbuciando as palavras. “Ele respondia que só iria parar com os estudos quando chegasse no homem da capa preta. Meu sonho é ser juiz, tio”, completou.