EUA avisam que a Rússia deve atacar a Ucrânia com míssil hipersônico

A Rússia pode voltar a atacar a Ucrânia com míssil hipersônico nos próximos dias (foto: Reprodução/Ministério da Defesa da Rússia )

Um funcionário do alto escalão dos Estados Unidos revelou nesta quarta-feira (11) que a Rússia poderá atacar a Ucrânia nos próximos dias novamente com o seu míssil hipersônico de alcance intermédio Orechnik. 

“A Rússia manifestou a sua intenção de disparar um novo míssil experimental Orechnik contra a Ucrânia, potencialmente nos próximos dias”, afirmou o alto funcionário norte-americano, citado pela agência France-Press (AFP) sob condição de anonimato.

O alerta acontece no mesmo dia em que Moscou prometeu dar uma resposta a mais recente ofensiva ucraniana com seis mísseis norte-americanos ATACMS contra uma infraestrutura militar no sul da Rússia, em Taganrog, na região de Rostov. O Kremlin comunicou que funcionários ficaram feridos e dois edifícios foram danificados.

Entretanto, as autoridades ucranianas não assumiram ou comentaram até o momento o alegado ataque.

O míssil hipersônico Orechnik tem a capacidade de poder atacar qualquer ponto da Europa, assim como a costa oeste norte-americana. Com uma velocidade que atinge dez vezes mais à do som, não pode ser interceptado mesmo pelos sistemas ocidentais atualmente mais avançados. 

Após obter sinal verde de Washington e Londres, em novembro, para atacar a Rússia com mísseis de longo alcance americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow, Kiev tem desde então feito ataques em território russo com o recurso destas armas.

Para o Kremlin, o uso deste tipo de mísseis dos ocidentais era uma linha vermelha e a partir daí Moscou já lançou o novo míssil hipersônico de médio alcance, idealizado para transportar ogivas nucleares, contra a cidade ucraniana de Dnipro, em 21 de novembro, escalando as tensões.  O presidente russo, Vladimir Putin, também ordenou a produção em massa deste tipo de mísseis, chamados de Orechnik, e afirmou que voltaria a utilizá-los na guerra.

Putin recentemente ainda ameaçou ataques com o míssil Orechnik a centros de decisão em Kiev e os países do ocidente que fornecem esses armamentos aos ucranianos para bombardear solo russo.