Veja quem são os 3 indiciados no caso do micro-ônibus que matou 5 e feriu 20 em procissão

Quase oito meses depois da tragédia, a Polícia Civil informou, nesta quinta (21), que três pessoas foram indiciadas por homicídio com dolo eventual pelo atropelamento coletivo que deixou cinco pessoas mortas e 29 feridas. 

 

O caso aconteceu no dia 31 de março deste ano, durante a Procissão de Páscoa, no bairro de Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes.

 

Em entrevista coletiva, nesta quinta (21), a polícia informou que foram indiciados:

 

O permissionário de serviço público. Ou seja, a pessoa que tinha permissão de executar o serviço no micro-ônibus.

 

 O pai do permissionário,  que gerenciava o veículo e tinha obrigação de levá-lo para manutenção

 

O motorista contratado no dia da tragédia. 

 

A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes não foi responsabilizada. A polícia entendeu que o micro estava "totalmente irregular" e não tinha nem o sistema de tacógrafo, que regula a velocidade do veículo. 

 

Os nomes dos indiciados não foram divulgados oficialmente pela polícia.  

 

Ainda segundo a polícia, ficou constatado na sequência de condutas o  homicídio com dolo eventual.

 

Isso fica configurado  quando o agente conhece a conduta e sabe o que pode acontecer e assume o risco. 

 

Caso sejam condenados, eles podem pegar até 20 anos de prisão. 

 

Coletiva da Polícia Civil (Foto: Marina Torres/DP)

 

 

Na coletiva, a polícia informou que, durante a manhã do dia 31 de março deste ano, o veículo apresentou pane e iria ser levado a garagem. 

 

O procedimento deveria chamar o reboque para transportar o veículo em segurança, levando em conta também o declive do local e o grande fluxo de pessoas. Mas manipularam o sistema de freios, destravando as rodas traseiras. 

 

Isso foi feito para o veículo “pegar no empurrão”, no impulso. Assim,  veículo desceu a ladeira, desgastando o ar dos freios e ficando sem controle. 

 

A decisão do motorista de jogar o veículo para a calçada, foi vista pela investigação, como errada. 

 

"Em razão do perigo que poderia causa. Havia outras alternativas menos impactante, como deixar colidir com o veículo da frente, iria causar apenas danos materiais”, disse o delegado Gilberto Loyo.

 

Eles participavam de uma procissão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 

 

Dois dias depois, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou que o transporte complementar de passageiros em Jaboatão dos Guararapes estava  na mira de uma investigação do órgão.