ESTADOS UNIDOS
Senado dos EUA vota contra bloqueio de armas a Israel
Toda a bancada do partido dos republicanos votou contra o embargo, que foi apoiado por um terço dos democratas
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 21/11/2024 21:56
Foram 59 votos contra num total de 100 (foto: Erin Scott/POOL/AFP via Getty Images) |
O Senado dos Estados Unidos vetou três resoluções que visavam bloquear a venda de armas ofensivas a Israel. Foram 59 votos contra num total de 100.
Toda a bancada do partido dos republicanos votou contra o embargo, que foi apoiado por um terço dos democratas. Os democratas da ala progressistas votaram em peso a favor, uma vez que estão descontentes com a campanha militar israelense na Faixa de Gaza e defendem uma linha mais dura em relação ao governo de Tel Aviv.
As resoluções, lideradas pelo senador Bernie Sanders, pretendiam congelar a ajuda dos EUA a Israel, enquanto não fossem investigadas as alegadas violações dos direitos humanos no território palestino.
Apelo em vão da Anistia Internacional
A Anistia Internacional tinha solicitado ao Senado norte-americano que apoiasse a resolução que objetivava impedir a venda de armas a Israel, argumentando ainda a falta de vontade de ação do governo de Joe Biden.
Em um comunicado, a ONG apelou ao Senado para votar a favor das Resoluções Conjuntas de Desaprovação, apresentadas na última terça-feira (19) pelo senador independente Bernie Sanders e por vários democratas, para corrigir o curso da ofensiva israelense na Faixa de Gaza. A resolução, que foi votada hoje, pretendia impedir uma nova venda de armas dos EUA a Israel, no valor de 20 bilhões de dólares.
“Se documentou o uso de armas norte-americanas em crimes de guerra israelenses na Faixa de Gaza. Apesar das provas claras e aterradoras, a administração Biden recusou aplicar a lei norte-americana e garantir o cumprimento das suas responsabilidades internacionais. Hoje, os senadores devem usar o seu papel supervisor e aprovar as resoluções. Dada a falta de vontade de agir da administração, o Congresso deve urgentemente usar o seu poder e a sua responsabilidade supervisora para corrigir o rumo para bem dos direitos humanos do povo palestino e votar a favor destas resoluções", declarou Paul O'Brien , diretor executivo da Anistia nos EUA.
A Anistia Internacional afirma que possui documentação sobre ataques com armas norte-americanas que causaram um número elevado de mortes e feridos civis, assim como exemplos do seu uso para torturar palestinos detidos pelas forças israelenses e também matar outros em operações na Cisjordânia ocupada.