OPERAÇÃO

PF mira 'coaches' do crime que ensinam importação ilegal de eletrônicos na web

Operação foi realizada nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas

Publicado em: 28/11/2024 09:49


Participaram das ações 133 servidores da Receita Federal e 300 policiais federais que cumprem 76 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens (Crédito: Divulgação/Receita Federal e Polícia Federal)
Participaram das ações 133 servidores da Receita Federal e 300 policiais federais que cumprem 76 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens (Crédito: Divulgação/Receita Federal e Polícia Federal)

A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quinta-feira (28/11), a operação Hiddem Circuit, com o objetivo de reprimir os crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de dinheiro nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas.

Participaram das ações 133 servidores da Receita Federal e 300 policiais federais que cumprem 76 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens.

A investigação identificou a existência de uma organização criminosa que atua na importação clandestina, no transporte, depósito e na comercialização de produtos eletrônicos do Paraguai. As atividades eram praticadas nas cidades de Goiânia (GO), Anápolis (GO), Palmas (TO), Manaus (AM) e Confresa (MT).

Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a 80 milhões de reais por ano, somente em tributos federais sonegados. Foram identificados influenciadores digitais que atuam como “coaches” e que se autointitulam como “especialistas” na importação de eletrônicos. Eles ministravam cursos e ensinavam os seguidores a fazerem a importação clandestina de produtos sem o devido recolhimento de impostos.

"Esses influencers ostentam uma vida de luxo na internet, realizando postagens de viagens e de carros importados provenientes dos lucros das atividades ilícitas", destacaram a Receita Federal e a Polícia Federal.

A organização criminosa é composta por diversos integrantes que possuem uma divisão de tarefas especializadas, para realizar a importação ilícita, comercialização, distribuição e entrega dos aparelhos eletrônicos. As empresas envolvidas e identificadas têm uma movimentação financeira milionária, com utilização de criptomoedas para realizar as transações ilegais e a lavagem de capitais.
 
 
As informações são do Correio Braziliense.