PREVENÇÃO
Os cuidados para não cair na ''black fraude''
Práticas como aumentar o preço das mercadorias em um período próximo à tradicional promoção para, em seguida, anunciar a redução do preço são consideradas abusivas e devem ser denunciadas pelo consumidor. O alerta é da SenaconPublicado em: 29/11/2024 08:14
Secretário do Consumidor alerta para os cuidados a serem tomados para evitar golpes na Black Friday (Crédito: Reprodução) |
Com a chegada da Black Friday, milhões de brasileiros recorrem ao e-commerce em busca de grandes promoções, mas o entusiasmo pode abrir caminho para fraudes e práticas abusivas. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), reforça a importância de atenção redobrada e informa os direitos garantidos pela legislação para proteger os consumidores durante esse período.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), toda publicidade deve ser clara e precisa, e o consumidor tem direito a informações verdadeiras sobre produtos e serviços. Isso inclui preço, características, condições de pagamento e quaisquer restrições aplicáveis.
Uma prática comum e ilegal é o aumento de preços antes da Black Friday para simular descontos maiores, conhecida como “o dobro pela metade”. Essa estratégia é considerada uma violação do direito à informação clara e pode ser denunciada aos órgãos de defesa do consumidor.
Além disso, o CDC garante o direito de arrependimento para compras realizadas fora do estabelecimento físico, como no e-commerce. Nesse caso, o consumidor pode desistir da compra em até sete dias, com direito à devolução integral do valor pago, incluindo frete.
Fiscalização
O secretário Wadih Damous destacou que a Senacon está monitorando o mercado durante a Black Friday para coibir práticas enganosas e garantir o acesso ao consumo consciente e seguro.
“A Black Friday é uma grande oportunidade para consumidores e empresas, mas é também um momento em que precisamos redobrar a atenção com práticas abusivas e ofertas enganosas. A Senacon está monitorando o mercado para coibir essas ações e garantir que o consumidor brasileiro tenha um consumo seguro e vantajoso. Recomendamos que todos se informem e exijam seus direitos para fazer uma Black Friday realmente consciente”, afirmou Damous.
Os consumidores que identificarem práticas abusivas podem registrar reclamações no portal consumidor.gov.br ou procurar os Procons estaduais e municipais. O acompanhamento ativo das autoridades é uma forma de garantir que os direitos sejam respeitados e que as empresas atuem de maneira ética.
Com a aplicação de boas práticas e a exigência dos direitos, os consumidores podem aproveitar as promoções da Black Friday de forma mais segura e consciente, evitando armadilhas que comprometam as vantagens esperadas desse período de grandes descontos.
Crescem os golpes on-line
Um estudo da Serasa Experian aponta que quatro em cada dez brasileiros (42%) já foram vítimas de fraudes na internet, sendo que mais da metade sofreu perdas financeiras significativas. As plataformas on-line, que moldam as relações sociais, passaram a centralizar atividades essenciais do dia a dia. O celular, por exemplo, tornou-se um dispositivo indispensável para realizar desde transações bancárias até tarefas pessoais e profissionais. Em um mundo onde tudo está ao alcance de um clique, as plataformas digitais se consolidaram como protagonistas no cotidiano global.
Um estudo da Serasa Experian aponta que quatro em cada dez brasileiros (42%) já foram vítimas de fraudes na internet, sendo que mais da metade sofreu perdas financeiras significativas. As plataformas on-line, que moldam as relações sociais, passaram a centralizar atividades essenciais do dia a dia. O celular, por exemplo, tornou-se um dispositivo indispensável para realizar desde transações bancárias até tarefas pessoais e profissionais. Em um mundo onde tudo está ao alcance de um clique, as plataformas digitais se consolidaram como protagonistas no cotidiano global.
No entanto, essa transformação também traz riscos para os dados pessoais. A digitalização, embora tenha proporcionado muitos avanços, abriu espaço para novos perigos, aumentando a exposição a criminosos e gerando um volume crescente de golpes virtuais.
Segundo o mais recente Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, líder global em soluções de cibersegurança, o Brasil continua sendo o principal alvo de ataques de hackers na América Latina e um dos maiores focos no cenário global. O setor de processamento de dados foi um dos mais atingidos, com 25.130 ataques registrados.
“Identificar sites fraudulentos e reconhecer sinais de golpes tornou-se uma habilidade essencial para todos. As plataformas digitais, que facilitam nosso dia a dia, também podem ser um campo fértil para crimes virtuais. A conscientização e o uso de ferramentas de segurança são fundamentais para proteger dados pessoais e evitar danos”, explica Jonathan Arend, especialista em cibersegurança.
As informações são do Correio Braziliense.