Ameaça

Ministério Público denuncia homem por ameaçar promotora: ''Vou acabar com sua vida''

Ewertton Marcell foi condenado a 30 anos de prisão e passou a ameaçar a promotora de Justiça Que atuou no caso dele

Publicado em: 27/11/2024 19:25

Ewertton Marcell ameaçou uma promotora que atuou no caso em que ele foi condenado a 30 anos de prisão (Foto: Reprodução)
Ewertton Marcell ameaçou uma promotora que atuou no caso em que ele foi condenado a 30 anos de prisão (Foto: Reprodução)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou um homem condenado a 30 anos de prisão, por extorsão mediante sequestro, que ameaçou e intimidou uma promotora de Justiça que atuou no caso dele. De acordo com a denúncia, Ewertton Marcell de Almeida Soares, de 37 anos, adquiriu um celular na prisão e passou a enviar ameaças via Whatsapp contra a promotora.

Segundo o Ministério Público, Ewertton Marcell adquiriu um smartphone dentro do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins Barro, no bairro Sancho, Zona Oeste do Recife, e começou a se passar por uma advogada. Ele enviou denúncias falsas contra a promotora para o e-mail da Corregedoria-Geral do Ministério Público de Pernambuco.

Na denúncia, o detento afirmou que acredita “que a promotora tenha agido de forma irregular e com desvio de função, prejudicando o andamento do processo e o direito das partes envolvidas”. 

No dia 3 de junho, Ewertton Marcell afirmou que a promotora teria induzido o juiz a erro com alegações baseadas em fatos inverídicos. As mensagens eram assinadas por “Márcia Zanin”.

Posteriormente, em julho, ele passou a intimidar a promotora através do Whatsapp, enviando mensagens como: “Já sabe para qual o nome da Central de Transplantes que vai receber seus órgãos?” e “Vou acabar com sua vida”.

Ewertton Marcell ainda disse que iria aparecer quando a promotora menos esperasse, como em festas de Natal e Réveillon. “Sei de todos os seus passos”, afirmou.

As mensagens eram enviadas de um número pertencente à operadora INWI, do Marrocos. Após a promotora bloquear o detento, ele decidiu difamá-la como forma de vingança, encaminhando mensagens a autoridades do Poder Judiciário. 

No mesmo mês, ele disse que “a Corregedoria Geral do MP abriu uma investigação contra a promotora (SEI n° 19.20.2224.0014613/2024-77) para apurar possíveis irregularidades na condução do processo”, afirmando que a promotora teria feito “diversas alegações inverídicas” e tecido “uma narrativa inverídica”.

Em agosto, o acusado  encaminhou uma mensagem ao e-mail oficial de um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), argumentando as mesmas irregularidades. Tais mensagens difamatórias foram encaminhadas por um e-mail que continha um número da OAB do Paraná.

Em sua denúncia, o Ministério Público alega que Ewertton cometeu crimes de receptação dolosa, de denunciação caluniosa tentado, crime de coação no curso do processo e de falsa identidade.