LITERATURA

Jornalista Olívia Mindêlo lança seu livro infantil 'Histórias Saídas do Mar'

Lançamento ocorre neste sábado (30), na a livraria Pó de Estrelas, o livro infantojuvenil que marca sua estreia na ficção

Publicado em: 27/11/2024 10:40 | Atualizado em: 27/11/2024 11:08

 (Foto: Rennan Peixe )
Foto: Rennan Peixe
Neste sábado (30), às 15h30, na livraria Pó de Estrelas, no bairro do Poço da Panela, a jornalista Olívia Mindelo lança o livro infantil Histórias saídas do mar, ilustrado pela artista Juliana Lapa e trazendo três contos nos quais os protagonistas são animais e os humanos, quando presentes, são apenas coadjuvantes. No evento de lançamento haverá sessão de autógrafos e ainda a contação de uma das histórias por Stephany Metódio, com tradução em libras por Yastricia. 

Os contos do livro são 'A baleia e a raposa', 'Atobaldo' e 'Noninho e Magali', voltados para um público entre 7 e 12 anos, com narrativas que buscam a perspectiva dos animais sobre a vida. “Nas minhas viagens astrais e imaginativas, junto ao meu amor pelos bichos e à imensa atração pelo passado remoto do mundo, eu me deparei com a imagem desse encontro entre a baleia e a raposa. Uma grande metáfora para o meu momento, mas que me levou a um mergulho profundo. E aí, para as outras histórias, foi um pulo, uma necessidade de criar um livro de contos, de fábulas, digamos assim. Uma coisa foi puxando a outra...”, conta Olívia. 

Apelidada pelos amigos carinhosamente de “baleia”, a autora viajou para Fernando de Noronha na adolescência e se aproximou do mundo selvagem. Conheceu o atobá, o pássaro que mergulha para pegar peixes dentro d'água, personagem central do segundo conto. Em 2014 foi a Abrolhos para conhecer as baleias de perto e lá reencontrou os atobás. Já Noninho e Magali, essa história de amor entre um casal de gatos, é verídica e foi contada por uma amiga que veraneava em Itamaracá.

“Eu queria tentar contar as histórias da perspectiva dos bichos, quando nós humanos, que nos achamos donos do mundo, ainda nem existíamos. É uma forma de relativizar nossa superioridade, e tentar diminuir essa cisão arrogante que criamos em relação a outras espécies. Senti que o processo de escrita poderia ser uma aventura diferente, mais livre, me senti mais à vontade para inventar histórias, eu queria conversar com as crianças e Juliana Lapa, com a ensibilidade e o talento só dela, era a pessoa ideal. Quando comecei a ver as primeiras imagens, foi emocionante: confesso que achei uma loucura alguém transformar minhas histórias em desenho”, detalha a autora. 

O processo de diálogo com a ilustradora começou antes mesmo do projeto do Funcultura ser aprovado, com os primeiros traços da raposa saindo do papel através das mãos de Juliana Lapa. “O livro desperta muitas lembranças em mim e também consegue ilustrar a dinâmica de algumas relações. Para mim, são histórias de relacionamentos, de amizade, de família, de amor. Nós trabalhamos juntas, mas Olívia me deixou muito à vontade. O livro é resultado desse olhar pessoal também, enquanto estou desenhando e lendo, ia encontrando espaço nas minhas próprias memórias”, descreve a artista.