TENTATIVA DE GOLPE

Bolsonaro nega golpe e diz que estudou medidas "dentro das quatro linhas"

Em coletiva do Aeroporto de Brasília, o ex-presidente disse que enfrente uma "situação extremamente grave". "As acusações realmente são terríveis", afirmou

Publicado em: 25/11/2024 22:51


"A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário", garantiu Bolsonaro (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
"A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário", garantiu Bolsonaro (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a Brasília, na noite desta segunda-feira (25/11), após uma viagem ao Nordeste, e concedeu uma coletiva de imprensa no Aeroporto Internacional da capital federal. Durante fala de mais de 20 minutos, Bolsonaro negou ter tramado um golpe de Estado e disse que apenas estudou "todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas". 

 

Bolsonaro também criticou a investigação da Polícia Federal, que indiciou ele e mais 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo o ex-presidente, “ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais".

 

"É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, ia falar: ‘Tudo bem, e o day after? E o dia seguinte, como fica o mundo perante a nós?’ Todas as medidas possíveis, dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei", disse. 

 

“A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário", garantiu Bolsonaro, que iniciou a coletiva de imprensa afirmando que "a situação é extremamente grave, as acusações realmente são terríveis". 

 

 

 

Criticas ao TSE e Alexandre de Moraes

 

Bolsonaro voltou a tecer criticas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O ex-presidente lembrou as campanhas da corte eleitoral para incentivar que jovens de 16 e 17 anos tirassem o título de eleitor — nessa idade, os adolescentes não são obrigados a votar. "Quatro milhões de jovens tiraram o título de eleitor. 3 milhões para o Lula e 1 milhão para mim. Eu estou até me beneficiando, o percentual é maior para o lado de lá. Só aí decidiu as eleições. Essa é uma das tantas observações que eu tenho onde o TSE tomou partido", declarou.

 

 

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